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O que esperar das pessoas em 2024

Colunista: Thiago Villaça

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O “marketing” de quem pratica omissão, rebeldia e afronta é mais poderoso do que as consequências das ações de pessoas que buscam protagonismo, disciplina e valorizam o respeito. Isso você já sabe! O que você não sabe é que a psicologia tem se esforçado para explicar o agravamento da polaridade no comportamento humano e como isso afeta não só os negócios, mas também a forma como “devemos” gerenciar as pessoas no ambiente corporativo.

É sobre esse agravamento e “onde” isso vai nos levar que esse artigo se atreve a falar.

O assunto “polaridade” não é recente. Textos da mitologia grega e do Egito antigo já abordavam essa questão e pensadores como Platão revelaram a importância de tratar esse assunto como uma disciplina. Mais tarde, algumas áreas científicas (e outras nem tanto) do comportamento humano se “apoderaram” do enredo para explicar o início, o meio e o fim dos nossos costumes e hábitos. Foi aí que surgiu, entre outros, o princípio da dualidade.

Atualmente, o princípio da dualidade tem usado a política para se expressar: embates entre direita vs. Esquerda e comunismo vs. capitalismo são exemplos de como esse princípio “governa” a nossa experiência.

Considerações feitas, como isso vai impactar os negócios e o comportamento das pessoas no ambiente corporativo em 2024?

A polaridade tende a “esticar” as extremidades dos assuntos e, se estamos falando da quantidade e da qualidade de pessoas que, de um lado são cada vez mais omissas, rebeldes e não têm medo de afrontar a liderança, pode ter certeza de que teremos, também, quantitativa e qualitativamente, mais pessoas que buscam o protagonismo, a disciplina e o respeito nas relações interpessoais.

O primeiro problema, como dito, é que o “marketing” dos omissos e rebeldes é mais poderoso do que o dos protagonistas e disciplinados. Bom, se o marketing “do mal” viraliza de forma espontânea, o nosso papel, como gestor, não pode ser o de interferir na polaridade, ou seja, apaziguar, atenuar, acalmar os ânimos “dos polos” (como a maioria das pessoas pensam). O nosso papel é de usar os extremos como oportunidade para educar as pessoas!

“Mas aí é jogar gasolina na fogueira!”

Calma, eu explico! (tive muita vontade de escrever “é sim, e daí?”)

Um ambiente com pessoas que reproduzem, por um lado, comportamentos omissos e rebeldes vai ser cheio de conflitos e indisposição se, por outro lado, existirem pessoas dispostas a assumir o protagonismo e a disciplina. Esse é um exemplo perfeito de um ambiente dual. Apaziguar, atenuar, acalmar e apartar esse “embate” é um desperdício de oportunidade! O que tem que ser feito é apontar os holofotes para os representantes e para os exemplos de comportamentos polarizados! Evidenciar, elucidar, apontar, mostrar, indicar o que o gestor quer é mais fácil quando existe dualidade. Muito mais fácil do que quando não conseguimos identificar esses elementos nas organizações.

Qual é o grande problema embutido nisso? O problema é que esse negócio de “apontar o holofote” é para muito pouca gente! Trabalhar a exposição é para muito pouca gente!

O marketing da incerteza, da insegurança e da ausência de pessoas indispostas a assumir o risco é mais poderoso do que as consequências das ações de pessoas convictas, seguras e dispostas a enfrentar o preço que precisa ser pago por decisões perigosas.

A qualidade e a quantidade dos representantes do comportamento protagonista, educador e respeitoso, assim como a qualidade e a quantidade dos indivíduos de comportamento omisso, rebelde e indisciplinado vão continuar crescendo em 2024! O marketing “do mal” viraliza mais rápido e encontra barreiras mais frágeis para contagiar melhor as pessoas! A tendência, se não assumirmos o nosso papel como gestor, é o de assistir passivamente o agravamento deste fenômeno.

A polarização vai aumentar! O risco, se abdicarmos da chance de usar a dualidade e a polarização para educar as pessoas, é o de assistir os conceitos sobre “certo e errado”, “melhor e pior” ficarem cada vez mais enfraquecidos e eu não acredito que você queira isso para o seu negócio…

Ou quer?

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