Já dizia Peter Drucker que “as únicas coisas que acontecem naturalmente em uma empresa são atritos, confusão e má performance. Todas as outras coisas são resultado de liderança”.
Mas o que são atritos no ambiente de trabalho?
Via de regra, atrito é uma força que surge quando duas superfícies entram em contato; quando analisamos o ambiente de trabalho, constatamos que os conflitos consistem em situações onde há atritos resultante de divergências de opiniões entre colaboradores, líderes e liderados e/ou profissionais de diferentes áreas na instituição.
Mas por que acontecem os conflitos no ambiente de trabalho?
Bem, a primeira resposta é muito direta: as pessoas são diferentes. Dentro de um time, você sempre terá pessoas com anseios, expectativas, objetivos e principalmente, histórias de vida diferentes. E cada qual com suas crenças e valores que são forjados ao longo do seu crescimento e influenciados pelo entorno onde este crescimento ocorre.
Um outro fator causador dos conflitos na empresa diz respeito a desvio de caráter, pois é ele que define a personalidade e a índole da pessoa, ou seja, o comportamento de um colaborador.
E o que a liderança tem a ver com tudo isto?
No artigo “Contrate caráter, treine habilidades” publicado na edição nº 130, abordo uma problemática que diz respeito às questões que envolvem o recrutamento e a seleção dentro de uma empresa. Por vezes, a liderança não se envolve nestes dois processos, o que pode ocasionar, lá na frente, sérias consequências. E ainda, em muitos casos, no processo de seleção, não se avaliam os comportamentos.
Mas não é por conta disto que o líder não vai intervir quando há situações de conflitos; para início de conversa, algo deve ficar claro: o líder deve ser o guardião dos valores de uma empresa!
Dito isto, toda mediação de conflitos deve ser feita tendo como premissas a visão, a missão e os valores da empresa. Para tal, é condição sine qua non que este líder sempre tenha a transparência como um de seus principais valores. Agir com transparência, bons exemplos, respeito e empatia é a base para uma mediação de conflitos bem-sucedida.
Se me permitem a ousadia dos conselhos, desenvolver a técnica da escuta ativa também é bem-vinda, e deixar claro aos colaboradores envolvidos, sejam quais forem, que ali, naquele ambiente de trabalho, é possível que nem todos sejam amigos, porém, é necessário que se tenha o respeito entre eles, sejam na opiniões, nas ideias, nos sentimentos etc. Fala-se muito em empatia e ela é bem-vinda também; entretanto, tendo-se o entendimento que só quem está passando por uma situação é que sabe exatamente o que está sentindo.
Finalizando, deixo aqui duas reflexões:
“Um dos desafios da liderança é transformar um grupo de pessoas em um time.”
“O verdadeiro líder precisa fazer o que é certo, e não o que é conveniente. E nem sempre o que é certo, é popular.”
Boa sorte e até breve!