Nossa reflexão neste artigo é sobre um conceito, velho conhecido de todos, que norteia a escolha daquelas pessoas que queremos trabalhando ao nosso lado.
Com certeza, muitos de vocês já ouviram que uma característica de uma pessoa competente é ela possuir o C.H.A., ou seja, Conhecimentos, Habilidades e Atitudes. Em uma de suas obras, o professor Tufic Derzi (DERZI NETO, Tufic João. O Empreendedor na Nova Era: conhecimento pós-pandemia. Rio de Janeiro: L.A. Editora e Publicações, 2021), detalha que o CONHECIMENTO se refere a você dominar um assunto ou uma determinada área; este saber é adquirido ao longo dos anos nos bancos acadêmicos ou informalmente. HABILIDADE diz respeito a colocar em prática o conhecimento teórico adquirido – o famoso saber fazer – enquanto que a ATITUDE é a iniciativa que cada um possui em fazer algo, encarar e resolver um desafio.
Mas para provocar a reflexão, falo agora sobre um conceito não tão novo assim, onde a ideia principal é que, mais do que o C.H.A, um profissional competente deva ter a C.H.A.V.E., onde além dos pilares do antigo conceito, temos ainda os valores (V), as experiências, e o entorno (E).
Quais seriam os fatores chave para a competência de um profissional?
Ora, se as empresas são formadas por pessoas, não podemos desconsiderar que cada uma delas possui sua escala de VALORES e estes influenciam diretamente sua forma de pensar, enxergar e agir nos locais em que convive. Uma lacuna que deve ser evitada nos processos de seleção, é justamente sobre quais valores este candidato a colaborador traz consigo e até que ponto se alinham aos valores da empresa.
Sabemos que quando um funcionário não se adapta à cultura organizacional de onde trabalha, sua entrega fica comprometida afetando diretamente, a entrega da empresa. É através das pessoas que as ideias, produtos e serviços chegam até o cliente, bem como a percepção de qualidade de toda uma organização, seja ela de qual ramo for, pública ou privada. Se considerarmos uma empresa onde o carro chefe é a prestação de serviços (ex: academias, estúdios etc), este desalinhamento dos valores pode ter consequências desastrosas, afinal de contas, os valores moldam o caráter e a moral de cada indivíduo que os carregam para todos os lugares.
Quanto ao E do acrônimo, encontramos referências no que diz respeito às EXPERIÊNCIAS que este futuro colaborador já viveu e como lidou com elas, assim como ao ENTORNO no qual se processou o seu desenvolvimento como pessoa e profissional. Em relação às experiências, além da análise do currículo, a entrevista, tendo como base a seleção por competência, é de extrema importância.
Quando falamos do entorno, ressaltamos que as pessoas influenciam e são influenciadas pelo que acontece ao seu redor; quando transportamos este conceito ao ambiente corporativo, percebemos o quanto isto é potencializado, uma vez que é no local de trabalho ou em função dele, onde passamos a maior parte do nosso dia.
Relacionamentos, inovação, produtividade e qualidade na entrega, são essenciais ao sucesso de qualquer organização; sendo assim, é fácil constatar a importância da Gestão de Pessoas e dos processos de recrutamento e seleção dentro das empresas, quando se quer excelência como uma de suas marcas. O bom desempenho de qualquer empresa, passa pelas pessoas que a constituem e o quanto se desenvolvem no seu local de trabalho.
O entendimento de cada um dos pilares da C.H.A.V.E., assim como as ações promovidas pelas lideranças para a otimização destes pontos, podem constituir-se em diferencial estratégico, com consequente melhoria no desempenho individual e coletivo de sua empresa.
Agora é sua hora de escolher quem você quer: quem possui o C.H.A ou a C.H.A.V.E.?
Boa sorte e até breve!