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Os desafios da mulher no mercado fitness

Colunista: Cris Santos

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Em 1947, nasce a CLT e até 1962 mulheres casadas precisavam da autorização do marido para trabalhar fora. Porém, com a Constituição de 1988, alcançamos a igualdade de direitos e de deveres entre os gêneros. Até antes disso, somente com permissão por escrito!

Não é novidade que há décadas as mulheres travam uma luta por espaços mais justos na sociedade. Culturalmente, a imagem frágil fez com que este grupo fosse considerado incapaz de exercer algumas atividades como participar de eleições, por exemplo. Ainda bem que já é possível enxergar o quanto essa realidade evoluiu e o poder feminino ultrapassa cada vez mais as fronteiras do gênero.

Atualmente, podemos atuar em profissões que no passado eram consideradas majoritariamente masculinas incluindo nos esportes.

Mas…

Com a incorporação maciça da mulher na força de trabalho remunerado, cresceu a luta por direitos iguais entre os sexos e a divisão de papéis, tirando a ideia de que somente o homem era provedor da família.

Ao longo das últimas décadas, a presença das mulheres no mercado de trabalho, incluindo o fitness, tem crescido significativamente. No entanto, as mulheres muitas vezes são prejudicadas por preconceitos e estereótipos de gênero que as limitam em suas escolhas profissionais. Além disso, muitas mulheres enfrentam desafios como a maternidade, a falta de políticas públicas de creches e a dupla jornada de trabalho, o que pode dificultar sua ascensão na carreira.

É importante que empresas e sociedade em geral trabalhem para promover a igualdade de oportunidades e combater o machismo estrutural presente no mercado de trabalho.

Os problemas que a mulher enfrenta

  1. Dupla jornada de trabalho: muitas mulheres enfrentam uma carga de trabalho desigual, pois além das atividades profissionais, ainda são responsáveis por cuidar da casa, dos filhos e de familiares idosos ou doentes. Isso pode levar à sobrecarga e estresse, o que pode prejudicar tanto a vida pessoal quanto a profissional.
  2. Desigualdade salarial: as mulheres ainda recebem menos que os homens para desempenhar a mesma função, mesmo quando possuem a mesma formação e experiência.
  3. Discriminação de gênero: muitas vezes, as mulheres são preteridas em processos de seleção e promoção de cargos, em razão de preconceitos e estereótipos de gênero que as limitam em suas escolhas profissionais.
  4. Falta de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: as mulheres frequentemente têm dupla jornada, trabalhando fora e ainda sendo responsáveis pelas tarefas domésticas e cuidados com os filhos e familiares.
  5. Dificuldade de acesso a cargos de liderança: as mulheres ainda são minoria em cargos de liderança, enfrentando barreiras e estereótipos de gênero.
  6. Assédio sexual e moral: as mulheres também são vítimas de assédio sexual e moral no ambiente de trabalho, o que afeta sua autoestima, produtividade e saúde mental.

É importante destacar que esses problemas afetam não apenas as mulheres, mas também a sociedade como um todo, já que impedem o desenvolvimento pleno do potencial empreendedor que o mercado precisa para crescer. O trabalho da mulher é fundamental para compor questões de crescimento empresarial.

Na área da Educação Física essas diferenças entre os sexos são recorrentes!

É o exemplo dos cargos de preparadores físicos que, com o aumento da participação feminina, evidenciou ainda mais a desigualdade entre gêneros vindo do preconceito com as mulheres nesse ambiente.

Com isso, mulheres acabaram por criar alternativas e métodos para superar esse desequilíbrio, usando a seu favor a imagem que foi construída sobre elas: de que são meigas, flexíveis, maternais, empáticas.  Acabam utilizando a própria cultura patriarcal como estratégia para se sobressair no mercado de trabalho.

Tarefas que exigem um maior envolvimento emocional e cuidado social conhecidos como ‘aspectos femininos’, acabam por fazer parte desse universo, o que, em tese, faz sentido.

Não se pode preterir o conhecimento e a intelectualidade em função de gênero.

Por ser mulher, posso não ser aprovada em um processo seletivo? Por ser mulher posso não ter a melhor opinião? Por ser mulher minhas ideias são vistas como emocionais e não pragmáticas?

Que bobagem!

No fitness, a mulher enfrenta dificuldade para empreender, inserir-se profissionalmente em cargos de liderança, consolidar-se no meio esportivo, desmistificar as normas de seu corpo, quebrar estereótipos, ser valorizada como profissional, entre outras.

Duvida-se da capacidade das mulheres de pensar! Com isso, precisam lidar com a desconfiança sobre sua competência e reafirmar, constantemente, que são merecedoras da posição que ocupam, sejam professoras ou gestoras! 

Ainda que as mulheres estejam participando cada vez mais de atividades na Educação Física, o preconceito vertical para cargos de liderança e horizontal para a igualdade de espaço persiste na mente dos menos conscientes de que o potencial humano não tem sexo!

Nas Olimpíadas de verão de 2020, realizada em Tóquio em 2021, uma pesquisa que analisou nove modalidades esportivas masculinas e femininas (vôlei de quadra, polo aquático, nado sincronizado, beisebol/softbol, basquete, futebol, hóquei sobre a grama, handebol e rúgbi de sete) indicou que dos 402 treinadores, apenas 26,8% são mulheres.

Vale uma análise sobre a atuação das mulheres na Educação Física quanto ao exercício de sua profissão, especialmente no que diz respeito ao mercado de trabalho e às questões de gênero.

É importante que as empresas e a sociedade como um todo trabalhem para mudar essa realidade, oferecendo políticas e práticas que apoiem a conciliação e combatendo a desigualdade de gênero.

Abraço!

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