Dando Sequência à série “Finanças para Academias” com o objetivo de desmistificar o tema de maneira simples e prática, já tivemos os seguintes artigos:
- Aula 1: Custos e Despesas; Saídas de Caixa
- Aula 2: Receitas Financeiras, Entradas de Caixa, Faturamento
- Aula 3: Apurando Resultados; A Hora da Verdade
- Aula 4: Precificação; Quanto Custa e Quanto Vale
- Aula 5: Indicadores 1 – Ticket Médio
- Aula 6: Indicadores 2 – Ponto de equilíbrio
- Aula 7: Margem de lucro sobre o faturamento
Acredito que todos já ouviram essa frase:
“Ah, com dinheiro é mole!”
Só que, na prática, não é bem assim. O acesso ao dinheiro conduz à sensação de poder até que faltem recursos e limitem planos e decisões.
O dinheiro custa caro e ao investir, temos sempre a expectativa de retorno financeiro superior a taxa de juros praticada pelo sistema bancário, no caso, a renda fixa (Custo de Oportunidade).
Em meu primeiro dia de trabalho na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, aos dezoito anos de idade, sob a ordem de meu superior, repeti diversas vezes a frase:
“Valorize cada centavo que passar por suas mãos.
Esse dinheiro não é seu.”
Seria ótimo que os gestores entendessem que embora estejam no topo do organograma de sua empresa, também são funcionários como os outros, com responsabilidades ampliadas e na maioria das vezes, o custo também, devendo ser pontual em suas obrigações e cuidadoso em suas escolhas para não colocar em risco a perpetuação do negócio.
Caso desista ou as situações levem ao encerramento da empresa, quem figura no contrato social responderá por todas as pendências até que sejam extintas – o que pode levar vários anos – e, em casos extremos, chegam a bloqueios de contas e bens à penhora sob a pessoa jurídica e também a pessoa física dos sócios.
O equilíbrio entre a vontade de ganhar e o receio de perder é fundamental nos negócios e planejar antes de se aventurar é obrigatório na busca pelo sucesso.
É aí que entra o cuidado com a construção do Plano de Negócios que, por definição é um projeto que descreve, por escrito, os objetivos e passos do projeto, limitando riscos e incertezas e permitindo identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los na prática.
O Business Plan, como também é chamado, serve para ajudar a concluir se sua idéia é viável e a buscar informações mais detalhadas sobre o seu segmento, produtos e serviços que irá oferecer, seus clientes, concorrentes, fornecedores e principalmente sobre os pontos fortes e fracos do seu negócio. Ao final, ele será um mapa para se chegar ao tesouro (lucro) e irá ajudá-lo a responder a seguinte pergunta:
“Vale a pena abrir, manter ou ampliar o meu negócio?”
Lembre-se de que a preparação de um plano de negócios não é uma tarefa fácil, pois exige persistência, comprometimento, pesquisa, trabalho duro e muita criatividade.
Como fazer um Plano de Negócios?
Comece por descrever as principais características do seu negócio
- O que é o negócio.
- Quais os principais produtos e/ou serviços.
- Quem serão seus principais clientes.
- Onde será localizada a empresa.
- Qual o montante de capital a ser investido.
- Qual a expectativa para o faturamento mensal.
- Qual o Ticket Médio.
- Qual Margem de Lucro sobre o Faturamento espera obter.
- Qual o Ponto de Equilíbrio.
- Em quanto tempo espera que o capital investido retorne.
Certamente sua imaginação está borbulhando com ideias prósperas que para se tornarem reais precisam sair do papel, se é que já estão lá.
Então… Bora Prosperar!
Até a próxima!
Bons negócios e boa sorte!