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Novo guia alimentar brasileiro

Você já ouviu falar no novo guia alimentar para a população brasileira? Desde o ano de 2006, o Ministério da Saúde do Brasil tem realizado publicações voltadas à população com o nome de Guia Alimentar. Muito utilizados no mundo inteiro pela iniciativa governamental, os guias são a forma encontrada de informar à população como deve ser a sua conduta alimentar, tudo baseado no perfil da população e respeitando aspectos culturais econômicos e sociais.

Pião, arco-íris, círculos, todas as formas de facilitar o entendimento são usadas. O Brasil utiliza tanto a pirâmide explicativa quanto a publicação em si para melhorar a abstração do objetivo do guia, que é ajudar na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s) e estimular a manutenção da saúde através da alimentação.

Em novembro de 2014, o novo Guia Alimentar foi publicado, totalmente remodelado. O guia tem sido muito aceito pela comunidade profissional e pela população em geral, porque demonstra ser muito mais intimista do que todos os anteriores, além de denotar o princípio do equilíbrio e harmonia com a família brasileira tradicional.

Uma das grandes novidades do novo guia é a linguagem e forma de abordagem, longe de ser técnico e complicado, os termos técnicos foram substituídos por nomenclaturas fáceis, além disso, os grupos de alimentos ganharam uma nova divisão. Desde o processo de redação, iniciado em 2011, o documento foi diferenciado, pois foi realizada uma consulta pública que teve por volta de três mil contribuições.

A necessidade de um novo texto e de uma nova visão a partir do guia já era esperada, já que a realidade brasileira teve muitas mudanças, como a diminuição da desnutrição, da pobreza e do aumento da obesidade na população, somando-se à nova forma de ver o alimento na nossa época. O ato de se alimentar, segundo os próprios redatores, não é mais um ato de escolha individual e que essa escolha envolve diversos aspectos, como meio social e informações. Assume assim, com uma nova população e novas necessidades, tentando manter o cuidado com a cultura e primando pela informação, na tentativa de melhorar o hábito alimentar do brasileiro.

A capa do guia já chama atenção por exibir toalhas de mesa de diferentes aspectos de cultura. A elaboração foi pautada em cinco princípios:

  • Alimentação é mais que ingestão de nutrientes;
  • Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo;
  • Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável;
  • Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares;
  • Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares.

Os alimentos foram categorizados para facilitar o entendimento quanto ao uso e frequência de consumo, além de quantificar “quão saudáveis eles são”. A primeira categoria é a dos alimentos in natura (obtidos diretamente de plantas ou de animais), na segunda categoria, vêm os produtos extraídos de alimentos in natura ou diretamente da natureza (como óleos, gorduras, açúcar e sal), os alimentos da terceira categoria são fabricados adicionados de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado (conservas de legumes, frutas em calda, pães e queijos) e, finalmente, os ultraprocessados, que correspondem a alimentos que passaram por diversas etapas de processamento na indústria, ganhando novas características.

Logo depois dessa categorização, lemos o que o guia chama de “regra de ouro” e sugestiona menor consumo de ultraprocessados, diminuição do consumo de açúcar e sal e aconselha que os do grupo in natura se tornem a base da alimentação das pessoas.

Confira aqui o novo Guia Alimentar Brasileiro