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Quanto custa um time destreinado?

Colunista: Jorge Oliveira

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Seguindo as reflexões que proponho sobre Gestão de Pessoas e Liderança, começo este artigo com a citação atribuída a Henry Ford:

“Pior do que treinar um funcionário e ver ele sair, é não treinar e ver ele ficar”.

Vivemos um mundo cada vez mais exigente, onde a gama de oportunidades e oferta de serviços está cada vez maior; não cabe mais uma entrega que não seja excelente, não só no produto como também no atendimento.

E aí, pensando enquanto gestores/líderes, qual é a nossa parte no que diz respeito ao desenvolvimento profissional de nossos funcionários?

Bem, o que vemos com muita frequência, são empresas que oferecem, no seu pacote de “benefícios”, programas de gestão de carreira profissional. Acredito que seja um dever do empregador, não só o programa de cargos e salários, como também a promoção de oportunidades de desenvolvimento de carreira profissional. Porém, costumo repetir sempre que tenho a oportunidade, que o desenvolvimento da carreira deve ser um dever do profissional, não delegando a terceiros esta responsabilidade.

Por que as pessoas são resistentes a programas de formação continuada?

Há pouco tempo, participando de uma “live”, vi um comentário de um gestor que se dizia cansado de tentar motivar seus funcionários a participar de treinamentos e quando o faziam, pareciam não se engajarem no que estava sendo oferecido. É necessário admitir que motivar alguém não é tarefa das mais fáceis, há uma linha de pensamento onde afirma-se que a motivação é algo intrínseco e que o máximo que conseguimos, seria incentivar alguém a produzir mais, engajar-se, estudar, ler etc.

Então, como conseguir montar um TIME, onde as pessoas estejam dispostas a participar de um programa de formação continuada em serviço? A resposta pode estar nos processos de recrutamento e seleção; faz-se necessário (e fiz menção a isto no artigo Você delega ou “delarga”? começar a avaliar as pessoas de dentro para fora.

Apesar de não ser uma tarefa das mais fáceis, a aproximação do líder com seu funcionário, provoca conhecimento… e quanto mais conhecimento, maior a possibilidade de avaliar-se corretamente o comportamento e as competências de nossos colaboradores. Em outras palavras, seria avaliar o quanto esta pessoa está disposta a entregar-se à missão da empresa.

Mas por que investir em treinamento?

Poderia listar uma série de motivos, mas destaco alguns que considero ser de muita influência:

1. Treinar e reter atuais funcionários é mais barato que contratar novos colaboradores

A falta de treinamento leva funcionários a se sentirem desvalorizados em seu trabalho e pode dar a ideia de que trabalham em uma função não tão importante para a empresa. Em situações assim, eles acabam deixando a empresa ou são demitidos por baixo desempenho (o que pode ser uma avaliação equivocada). Embora pareça simples substituir um funcionário por outro, lembre-se do seguinte: contratar alguém pode custar até 30% a mais.

2. Colaboradores treinados trabalham de maneira mais eficiente

O treinamento adequado torna os trabalhadores melhores e mais capazes de realizar suas tarefas, o que reduz o tempo necessário para buscar informações enquanto estão trabalhando. Isso também ajuda a acabar com a redundância de esforços em que vários funcionários estão tentando realizar a mesma tarefa, sem realizar o trabalho real, porque são treinados.

3. Treinamento Eficaz = Aumento de Produtividade

O treinamento eficaz precisa ser adaptado às necessidades de funcionários e das empresas. Se acontecer de forma contínua, melhor ainda.

4. Vale muito a pena investir na felicidade dos colaboradores

As novas gerações que chegam ao mercado de trabalho acreditam no valor do treinamento e na oportunidade de avançar na carreira. Isso porque eles estão cientes de que no mundo competitivo em que vivem, um trabalho que oferece oportunidades de treinamento satisfaz sua necessidade de ser um profissional multi skills”. Além disso, funcionário feliz é sinônimo de produtividade.

Por estes e tantos outros motivos, podemos afirmar que também faz parte das demandas de um líder, promover um ambiente onde se possa crescer como pessoa e como profissional. Assim como desenvolver novos líderes é algo de suma importância para a sustentabilidade de qualquer empresa.

Boa sorte e até breve!

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