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Uma tendência atual no mercado de Pilates: a importação de aparelhos

Colunista: Rodrigo Perfeito

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Como já conversamos em matérias passadas aqui mesmo pela revista Empresário Fitness & Health, o mercado do Pilates vem se reinventado e se modificando a cada ano na tentativa de se firmar ainda mais como uma das maiores modalidades de exercícios do mundo.

Surgem novos métodos, ou ainda, criam-se nomes diferenciados para aquilo que já é antigo, outros métodos se apagam (os famosos “modinhas”), mas um detalhe é fato: novo ou não, moderno ou não, é preciso muito mais técnicas de marketing para se manter vivo e aquecido no mercado, do que para se lançar algo.

Uma das estratégias adotadas por alguns empresários donos de estúdios é a adaptação de aparelhos que já são consolidados em outras modalidades para se unir ao método Pilates.

Alguns exemplos são: o TRX (muito utilizado no treinamento funcional, academias e em exercícios ao ar livre), a roda Flow Wheel (criada e muito utilizada no Yoga), a Lira (muito usada em apresentações circenses), o tecido (muito usado também nos circos), o Slackline (usado em circos e em atividades ao ar livre), para não citar todos.

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Vale a observação para quem ainda não conhece tão bem o Pilates, de que o método já possui seus 5 aparelhos clássicos: Cadeira Step Chair, Cadillac, Ladder Barrel, Reformer e Wall Unit. Outra ressalva a se fazer é a de que esses aparelhos já conseguem dar conta de todo tipo de valência física, desde a força até a flexibilidade. Portanto, essa inserção que iremos discutir, não é um complemento do método, mas sim, pura estratégia de marketing para aumento de vendas em diversos setores.

Exposto esse pequeno detalhe, selecionei 4 pontos que precisam ser pensados antes de decidir se vale a pena ou não importar esses aparelhos de outros métodos.

Qual o perfil do seu público?

Uma das grandes brigas no mercado do Pilates vem de um conflito de pensamentos entre manter os exercícios e os aparelhos intactos e fiéis ao que o Joseph Pilates nos deixou, para esses instrutores (clássicos), e do outro lado, os instrutores que são a favor de manter os princípios, porém com uma permissividade de inserção de novos aparelhos e de adaptações mais modernas nos exercícios (contemporâneos).

Além do perfil do instrutor, pode ser que o praticante da modalidade também tenha um gosto maior por uma ou outra vertente.

Resumindo, é importante estudar seu consumidor, pois se ele tem uma tendência a gostar de exercícios “novos” em outros aparelhos, investir nesse mercado importador lhe trará sucesso e retorno. No entanto, em caso contrário, te trará custos e vários aparelhos que pouco serão utilizados, ocupando seu espaço, acumulando poeira e lhe presenteando com um grande prejuízo.

Você possui caixa para mais esse investimento?

Já discutimos que de inovador, a maioria desses aparelhos não possui nada. Em outras palavras, tudo que é feito neles, já é feito nos aparelhos clássicos do Pilates. No entanto, os fabricantes aproveitam um mercado de transição para vender esses aparelhos no “estilo Polishop”. Com isso, lançam preços extremamente fora da realidade do empresário dono de um pequeno estúdio de Pilates, que ou está começando, ou não possui caixa para tal investimento.

É preciso estudar e planejar com muita atenção a compra desses aparelhos. Como está seu capital de giro? Comprá-los será um risco para a saúde financeira de seu negócio? Essas e outras são perguntas que nós devemos nos fazer antes de decidir comprar ou não esses novos equipamentos.

Você possui estrutura física para a compra de novos equipamentos?

Essa análise vai desde a metragem do seu espaço à sua estrutura de sustentação, que exigirão obras em alguns casos. Muitos desses aparelhos são tão grandes quanto os aparelhos clássicos do Pilates, o que vai exigir um espaço importante no seu estúdio. Mesmo os que são pequenos, precisam de um espaço extra para seu armazenamento após as aulas ou sessões. Não cometa o erro de sacrificar o trânsito livre entre os aparelhos ou até perder a possibilidade de realizar exercícios de solo para inserir um aparelho que nem do Pilates é. Substituir o que realmente é Pilates, por algo que é adaptado, pode ser encarado pelo mercado como algo negativo. Em outras palavras, importe aparelhos para somar, mas jamais para substituir. Além disso, alguns precisam ser fixados em concreto. Se seu teto for de gesso, por exemplo, terá que se preparar não só para os custos de aquisição, como também, para o de obras para a sua instalação.

Seu público tem possibilidade física ou interesse nesses aparelhos?

Muitos desses aparelhos fazem sucesso por desafiarem a condição física do praticando, como por exemplo, exigir um nível de postura e equilíbrio altos. Até então, nenhum problema se seu praticante tem um nível de prática condizente para tal. Mas diferente dos aparelhos clássicos, que possuem a possibilidade de manipular o nível dos exercícios através de molas com intensidades diferentes, alguns (não todos) dos aparelhos importados de outros métodos não possuem essa possibilidade, o que fará com que um certo público não consiga utilizá-lo, tornando-os obsoletos e inadequados. Será que vale a pena comprar algo de que só alguns, e não todos, irão se beneficiar?

Um exemplo seria um idoso com diversas artroses avançadas em joelho, dificuldade de percepção corporal e baixo equilíbrio advindos da sarcopenia. Inseri-los nesses aparelhos pode ser muito mais um risco à integridade física deles do que um desafio a ser vencido.

 

Assim, meus amigos, terminamos mais essa conversa. A inserção de novos aparelhos pode trazer um grande sucesso para seu estúdio, porém, é preciso planejar e estudar muito bem o seu espaço e o seu público.

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