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Pilates e controvérsias: quanto mais alunos, menos lucro

Colunista: Rodrigo Perfeito

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O título de nossa conversa parece loucura: quanto mais alunos ou praticantes no Pilates, menor será o lucro do estúdio. Mas não deveria ser ao contrário? Não, porque estamos nos referindo ao quantitativo de pessoas por horário, e não, do montante final de clientes do estúdio.

Este fato ocorre porque o praticante que busca o Pilates já conhece a tão famosa atenção e qualidade do movimento exigida em cada exercício, fora a percepção de alcançar o condicionamento físico atrelado à reabilitação cinético-funcional e prevenção de lesões. E tais resultados somente são alcançados porque trabalhamos com pouquíssimos alunos por horário, permitindo que o princípio da individualidade biológica e da especificidade dos estímulos sejam aplicados com excelência.

Os estúdios que tentam burlar a estratégia de poucos alunos acabam não conseguindo manter a qualidade do serviço tão alta como daqueles que optam por poucos praticantes por horário. Fatalmente este fato causará comparações no mercado e uma imagem de inferioridade ao seu estúdio. Consequentemente, a ideia de mais alunos, vai se concretizando em evasões, e logo, em menos alunos, e com isso, em menor lucro.

Para ajudar o empresário que é dono de estúdio de Pilates, tracei 3 dicas que servirão de pontapé inicial para suas reflexões sobre o assunto.

Média de 3 praticantes por aula

A maioria dos estúdios está estipulando o máximo de 3 alunos por turma para alcançar o máximo de qualidade dos movimentos e dar a atenção condizente ao valor da mensalidade.

Sabemos que a máxima qualidade só se alcança com a prática em formato de personal training, ou seja, somente 1 praticante para cada instrutor. Essa relação acaba sendo inviável para alguns estúdios devido aos custos de se manter uma empresa legalizada no Brasil.

Mas meu instrutor é experiente, não posso colocar 5 ou mais praticantes por horário?

Pode, mas seria uma ingenuidade acreditar que por mais qualificado que seja seu instrutor, ele irá dar conta de várias pessoas ao mesmo tempo. É uma questão de lógica numérica. Aquele que atende apenas um conseguirá prestar o serviço com mais qualidade.

Quebrando a regra de 3 praticantes por aula

A regra de quanto mais alunos, menor a qualidade da aula é quebrada quando o estúdio é grande o suficiente para colocar uma quantidade de aparelhos maior do que os 5 clássicos. Geralmente, somente os aparelhos mais apreciados pelos clientes são repetidos, não tendo necessidade de duplicar o estúdio inteiro.

Porém, não é suficiente somente ter materiais a mais. É preciso que a quantidade de instrutores por aula também seja aumentada. Caso isso não seja feito, de nada adiantará, e de novo, teremos a baixa da qualidade do serviço prestado.

Distribua os praticantes

Uma boa estratégia para acolher a todos que estão lhe procurando não é a de aglomerá-los no mesmo horário. Crie novas turmas e distribua-os em novos horários. É muito melhor que se tenha mais trabalho devido à necessidade de abrir novas turmas do que tentar compactá-las para diminuir a mão de obra.

 Pensa comigo: seria muito mais vantagem ir colocando apenas um aluno em cada horário. Aos novos clientes que fossem aparecendo, ao invés de inscrevê-los em uma turma já formada, colocaria em um novo horário sozinho. E assim faria, até completar todos os horários do estúdio com apenas 1 aluno. Assim o faria quando todas as turmas alcançassem 2 alunos. E por último, 3 alunos. Distribuir é diferente de aglomerar.

Esse fato permitiria que o instrutor conseguisse uma qualidade que os outros estúdios que não entendem de estratégias de gestão não conseguem. Logo, aquele cliente que nunca tinha sido tão bem atendido chama outro, e outro, e outro.

Mas lembre-se: cuidado para não se deslumbrar com o lucro, aumentar demais a quantidade de alunos por turma e diminuir a qualidade do serviço prestado. Se assim o fizer, o título da nossa matéria vai te engolir.

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