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Toda brincadeira tem um fundo de verdade e sua marca paga caro por isso

Colunista: Fábio Cantizano

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Quem nunca ouviu esse ditado que atire a primeira pedra!

Digo mais:

“Uma mentira contada mil vezes se torna uma verdade!”

Confesso não saber quem são os autores das frases, mas tenho certeza de que, em nosso mercado, isso pode gerar um prejuízo enorme.

O engajamento que empobrece o mercado

É normal utilizarmos técnicas e “trends” do momento nas redes sociais para engajarmos nosso público.

O humor é uma ferramenta poderosíssima. O problema é que nem todos estão preparados para encarar humor na área da saúde e ainda assim confiar na conduta do profissional. Digo isso por ser um estudioso dedicado do assunto, especificamente na área da saúde.

Somos da saúde, certo? Por mais que outras áreas como medicina, odontologia e fisioterapia também utilizem o humor, nenhuma delas faz de forma que prejudique a imagem do profissional.

No fitness, isso é bem comum e funciona como veneno com efeito tardio, por isso poucos percebem o real motivo do declínio no caixa.

Lembre-se: “Toda brincadeira tem um fundo de verdade.”

A imagem do profissional

O profissional de educação física é o protagonista do mercado. Por lei, é ele que prescreve exercícios, coordena e monitora toda e qualquer prática de exercícios em ambiente comercial, como academias, estúdios, boxes e afins. O problema é quando a imagem dele é usada como fonte de humor, mesmo que parte da conduta seja verdadeira.

Exemplos reais de prejuízo na imagem profissional

Publicações de humor que exploram possíveis falhas profissionais, como posts que mostram 1001 utilidades do profissional de Educação Física, comportamentos inadequados, entre outros, como:

  1. Filmaker: quando o professor pega o telefone do cliente para filmar a execução do exercício e é corrigido de forma bem humorada pelo cliente: “Nossa, não sabe nem gravar um vídeo nos dias de hoje?” É até engraçado, mas esse não é nosso trabalho e abre portas para outras brincadeiras desnecessárias, certo?
  2. Manutenção: quando filmam o professor trocando cabos de aço rompidos em aparelhos ou passando vaselina na manta da esteira. Por mais que possamos ajudar a manter o equipamento funcionando, esse trabalho deve ser realizado por empresa especializada e com documento que certifique a autenticidade da tarefa por profissional especializado.
  3. Posts que mostram as preferências de alguns profissionais, como um cliente treinando todo torto no supino e o professor “ajudando a menina bonita na esteira”.

Canais de humor exploram isso com frequência e nenhuma academia se defende, logo, a impressão que fica é essa.

“Fábio, você está exagerando, não é bem assim!”

A impressão que o público tem de determinado mercado vai ao encontro do que é publicado com frequência em relação ao que é feito ou não na prática.

Não vemos posts de humor na medicina ou outra área que realmente prejudique a imagem do profissional. Na Educação Física é bem comum.

O que gestores de academias têm a ver com isso?

O lucro de um estabelecimento que oferta saúde através do exercício físico vem da percepção que o cliente tem sobre o que está consumindo.

Essa percepção é criada com a experiência no consumo direto e também no que é dito inúmeras vezes sobre o assunto (publicações).

Quando uma academia aprova uma publicação de humor que explora a imagem do profissional além do seu conhecimento científico, querendo ou não, pode gerar percepção de falta de seriedade. O coordenador técnico sabe disso, as agências de marketing digital não sabem.

A prova disso é o número de pessoas que preferem treinar musculação em academias de musculação terapêutica, lideradas por fisioterapeutas, sendo que lá todos guardam pesos, respeitam os profissionais e as regras do espaço.

Mundando a percepção

Uma das ações que as academias deveriam realizar é a criação de uma marca forte, com base na linha de frente. Da mesma forma que temos academias com profissionais que se comportam de forma indesejada, temos outras que se destacam pela conduta exemplar, inclusive do profissional. Nesse caso, o silêncio dos bons pode prejudicar mais ainda do que o humor mal planejado.

  1. Se deseja uma marca forte, planeje conteúdos que transformam sua equipe de profissionais em verdadeiros oráculos do fitness. Se seus clientes não se sentem dependentes dos profissionais para terem resultados, você está no negócio errado, está em um ramo que parece com o “imobiliário”, ou seja, seus clientes apenas alugam seu espaço para utilizar equipamentos e fazerem o que desejam.
  2. Não permita gravações em salas que exploram o humor, mas que colocam em risco a segurança dos demais clientes e a imagem do profissional que é responsável pelo bom andamento da rotina de sala.
  3. Por mais que o exercício físico leve vantagem em relação aos hospitais por conta do ambiente, um discurso um pouco mais clínico gera percepção de cuidado e competência. Estudamos muito para que a sociedade nos perceba mais como “práticos” do que como “intelectuais”.

Finalizando...

Eu sei que muitos aqui podem achar que estou exagerando. Não há problema nisso, é só não refletir sobre o assunto.

Como consultor do mercado fitness focado em marketing de serviços e de conteúdo, meu trabalho para melhorar a lucratividade de uma academia é muito mais árduo na fase de ajudar a mudar a percepção do consumidor sobre o que fazemos do que de “arrumar a casa” do cliente que me contrata, afinal, a maioria acredita que devemos relaxar em relação a isso.

Estou aqui para ajudar, mesmo que meu método de “tocar na ferida” possa não parecer o ideal. Eu acredito em você, gestor. Acredito também que deseja um reconhecimento maior da sociedade em relação ao que você oferece, desde que a gente reflita mais sobre nossas práticas!

Até a próxima!

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