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Construindo times vencedores

Colunista: Redação REF&H

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Durante o 2º Congresso SESC de Lazer, o ex-jogador de vôlei Bernardinho começou sua abordagem afirmando que não estava ali para ensinar, mas sim para provocar o questionamento e comparou líderes a “demanding parents”, aqueles pais que cobram muito de seus filhos, ressaltando que a geração de hoje está “doente” de disciplina.

“Líderes lidam com gente que tem sonhos e expectativas” e disciplinar seus liderados é fundamental para se chegar ao topo. Segundo ele, a cobrança é o reconhecimento da capacidade da pessoa. Sendo um “guardião de valores”, o líder instiga o conformismo e a necessidade de transformação permanente e, mesmo quando no auge, é preciso pensar no que é preciso mudar. Líderes batem metas – mesmo que seu time não ganhe sempre, os resultados têm que ter consistência – com o time, fazendo certo.

“O que me assusta não são as mudanças, mas a velocidade como elas ocorrem.” (Bernardinho)

Segundo Bernardinho, o grande vilão da formação de um verdadeiro time é o ego: resultados do passado não garantem os resultados do futuro. Nesse sentido, deu o exemplo da seleção que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim e, por conta da qualidade da seleção na busca da excelência e das cobranças sofridas, “o vôlei não ganha a prata, perde o ouro.”

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“O vôlei não ganha a prata, perde o ouro.” (Bernardinho)

 

O maior desafio de quem chega no topo, então, é o que fazer com o sucesso uma vez que ele é conquistado.

“Apenas três coisas acontecem naturalmente em organizações: fricção, confusão e queda de desempenho. Para todo o resto, é necessária a liderança.” (Peter Drucker)

Para exemplificar seu discurso, mostrou a história de Tom Brady, jogador da National Football League (NFL) nos Estados Unidos e marido da ex-modelo Gisele Bundchen: durante um Draft da NFL, evento que acontece anualmente para escolher novos jogadores para a liga, Tom Brady foi o 199º escolhido para jogar na liga. 199º! Após todas as conquistas que ele teve como jogador profissional, muitos se perguntaram por que ele fora um dos últimos escolhidos. Um rival seu afirmou, em determinada ocasião: “o erro foi ter avaliado ele de fora pra dentro e não de dentro pra fora”.

Assim, líderes escolhem pessoas (de dentro para fora!) e pessoas juntas com o mesmo propósito constroem vencedores!

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