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Modelo de gestão ágil: porque sua academia deveria pensar como uma startup

Colunista: Ruy Lemos

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Gestor, você já parou para pensar sobre tudo que aconteceu no mundo e nos negócios até agora? Já conseguiu avaliar todas as mudanças que a pandemia adiantou? Isso mesmo! A maioria das mudanças que estamos vivendo nos negócios já era prevista, aconteceria de qualquer forma no futuro, mas o que a pandemia fez foi adiantar tudo isso!

Um bom exemplo é a necessidade de as empresas caírem de vez no mundo digital, abrirem canais de prospecção, venda e relacionamento no ambiente on-line; se você ainda não fez isso na sua academia, já está ficando para trás.

Mas não é somente isso que vai levar sua empresa para o próximo nível no futuro, você precisa trazer essa mentalidade “digital” para a sua gestão, organizando tudo dentro da sua academia e buscando inspiração nas boas práticas de gestão ágil das startups e é sobre isso que vou escrever nesse artigo. Quero te mostrar como essas empresas ágeis ganham o jogo da gestão com práticas simples, focadas no aprendizado contínuo e na experiência do cliente; vem comigo entender melhor esse assunto!

Bases para tornar sua academia ágil

As práticas de gestão mais conhecidas e difundidas no mundo datam do século passado e algumas delas não se encaixam mais nos atuais modelos de trabalho e principalmente não atendem mais às novas demandas das gerações de pessoas no mercado de trabalho. Tudo mudou e quando as coisas mudam, a maneira de lidar com elas também precisa mudar. Por exemplo: as pessoas não querem mais trabalhar 100% no modelo “top down” de hierarquia dentro das organizações, onde as ordens vêm de cima para baixo, sem questionamento nem participação, ou seja sem o “colab”, termo difundido e praticado nas empresas ágeis e modernas. As pessoas querem e precisam colaborar com os processos, com a criação, enfim, com a organização, e para que façam isso, é preciso criar uma cultura na sua empresa.

Criar uma cultura de gestão ágil, onde todos possam participar e sintam-se com autonomia para exercer suas funções não é fácil, mas é perfeitamente possível. Antes das dicas que vou colocar aqui, é preciso que você conheça as 6 bases do sucesso para tornar sua academia ágil, moderna e escalável, são elas: Gestão; Processos; Estratégias; Métricas; Pessoas; Treinamento.

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Cada um desses itens abrange literalmente um mar de detalhes, mas vamos ficar aqui na gestão com o formato ágil; fiz questão de listar os itens para que você possa ter um mapa central do que precisa olhar na sua academia e possa mudar sua cultura corporativa, entrando de vez no futuro dos negócios.

Ciclo OODA

Os métodos ágeis são prioritariamente para ambientes de incertezas, refletem muito o que vivemos atualmente; não vamos conseguir falar de todos eles, mas recomendo que você busque conhecê-los e entendê-los para aplicar na sua academia.

Vamos começar com o ciclo OODA (Observar; Orientar; Decidir; Agir) ele serve para a tomada de decisões rápidas com uma certa previsão do cenário futuro, como explicado abaixo:

  • Observar: não é somente fazer um brainstorm com seu time, é ir além e observar todo o cenário atual e futuro do que está pretendendo tomar a decisão.
  • Orientar: criar novas perspectivas, juntando a cenários futuros desenvolvidos no “observar”, juntar novos formatos e buscar validação.
  • Decidir: avançar com as melhores, mais rápidas e mais baratas soluções, dentro do conceito de minimum viable product (MVP).
  • Agir: implantar mais de uma ação ao mesmo tempo para testar, observar e descobrir rapidamente qual é a melhor.

Objective Key Results

Vou trazer agora uma ferramenta de gestão ágil usada dentro do pilar estratégico para observar se os resultados estão sendo alcançados, trata-se da OKR (Objective Key Results) ou objetivos e resultados chave em português. Essa ferramenta é relativamente fácil de se construir, mas o mais importante é o que você faz com as “respostas” dela. Abaixo você pode observar um exemplo de como construir e eu recomendo que você junte seu time para fazer isso.

“Vamos OBJETIVO, e saberemos se fomos bem-sucedidos se conseguirmos ISSO, ISSO E ISSO (os resultados mapeados que o objetivo cumprido entregaria).”

Exemplo:  Vamos vender mais e saberemos se fomos bem-sucedidos se conseguirmos fazer um faturamento de X mil por mês, ter uma taxa de conversão de 50% e aumentarmos a captação de leads em 30%.

Como eu falei, o que você faz com as respostas é voltar em cada uma delas e por exemplo perguntar: Onde preciso atuar para isso acontecer? Quem são os envolvidos? O que precisa ser feito?

Isso nos leva à última ferramenta de gestão ágil que quero compartilhar com você: o método SCRUM, que basicamente é um método que organiza as ações usando uma série de elementos, como por exemplo, prioridades e sprints de execução rápidos.

O SCRUM funciona assim:

  • Backlog: lista de tudo que precisa fazer.
  • Grooming: priorização do que será feito (imprescindível, importante e seria bom se tivesse).
  • Sprint Backlog: tudo o que foi priorizado é feito primeiro no próximo período de trabalho
  • Sprints: períodos de execução com prazos e envolvidos.
  • Reunião diárias: o que fiz ontem? O que vou fazer hoje? Tem alguma coisa atrapalhando o trabalho?
  • Reuniões pós sprints: aprender com o que foi feito para aprimorar no próximo sprint.

Eu espero de verdade que você possa pegar essas pequenas dicas – que são a ponta de um iceberg na gestão ágil – e colocar em prática para colocar sua academia no caminho da agilidade e da cultura de inovação dos novos tempos.

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