Inteligência emocional ou EQ significa estar ciente de suas próprias emoções e das emoções dos outros e da sua capacidade de fazer a gestão das suas próprias emoções. Ele também mede como você se dá bem em seus relacionamentos íntimos.
Os questionários que medem a inteligência emocional avaliam quatro coisas principais:
- Autoconsciência: Reconhecendo seus próprios sentimentos. Por exemplo, “estou me sentindo apreensivo ou com raiva”.
- Gerenciando emoções: Lidando com seus próprios sentimentos com tranquilidade e entendendo o que está fazendo você se sentir da maneira que se sente.
- Automotivação: Usando suas emoções para promover seus próprios objetivos. A automotivação também envolve ser capaz de controlar suas emoções e a capacidade de recuar e pensar antes de agir impulsivamente.
- Empatia: Sensibilidade às emoções dos outros e ser capaz de se colocar no lugar dos outros.
- Relacionamentos: Habilidades sociais e adequação social.
Como você testa a inteligência emocional?
Para medir a inteligência emocional, uma pessoa preenche uma avaliação. Também existem avaliações baseadas no desempenho que permitem que as pessoas respondam como reagiram em determinados cenários ou como se comportariam em cenários imaginados.
Algumas das avaliações de inteligência emocional mais usadas incluem o Teste Mayer-Salovey-Caruso EI (MSCEIT) e o Inventário de Quocientes Emocionais (EQ-i).
Você pode pedir os testes para o seu médico ou terapeuta, ou você pode também acessá-los na internet. Alguns empregadores usam testes de inteligência emocional como ferramenta de triagem.
Existem emoções básicas?
A capacidade de controlar, entender, gerenciar suas próprias emoções tem um tremendo impacto sobre como você lida com todas as áreas da sua vida.
Pessoas mentalmente fortes são mais bem-sucedidas em coisas como trabalho, nos relacionamentos, e nos trabalhos acadêmicos, tudo isso porque as emoções fazem parte da nossa evolução, não importa se você está no Brasil ou na África do Sul, as emoções podem fazer você fracassar ou ter sucesso.
O responsável por essa descoberta foi o psicólogo e escritor Paul Ekman visitou vários países para verificar se a teoria da universalidade estava correta. Ele visitou o Brasil, nas tribos da floresta Amazônica, onde mostrou fotos que expressavam 7 emoções básicas: alegria, tristeza, ira, medo, surpresa, nojo e desprezo.
Os moradores da região conseguiram detectar e reconhecer normalmente as fotos.
Porém, a comprovação definitiva veio quando o cientista foi até Papua Nova Guiné, em 1967, em busca de populações isoladas que não possuíam qualquer contato cultural externo.
Os resultados foram fantásticos: os moradores da região (Tribo Fore) demonstravam as mesmas expressões faciais quando eram submetidos à coleção de fotografias de Ekman. Em um dos casos, uma mulher expressou raiva quando o psicólogo se aproximou para tirar algumas fotos!
Alguns anos depois ele criou um mapa das emoções com o Dalai Lama.
A partir desse estudo, podemos concluir que existem características inatas no homem, no que se refere às emoções humanas. Tudo isso está de acordo com a Teoria de Darwin: somos seres históricos e biológicos!
O próprio Darwin escreveu um livro onde apontava a possibilidade de relação entre as emoções humanas e as expressões faciais, As Expressões das Emoções no Homem e nos Animais,1872.
Se quiser conhecer mais sobre as emoções recomendo que veja a série Lie to me e o filme Divertidamente.
Afinal, como melhorar sua inteligência emocional ?
Você vai entender mais sobre as emoções depois que aprender como melhorar sua inteligência emocional com as dicas abaixo!
Pratique o hábito de definir e falar das suas emoções
Definir e rotular suas emoções ajuda você e sua mente a entenderem o papel dos sentimentos, que podem impactar seus pensamentos em várias situações. Eu percebo que embora os sentimentos afetem todas as nossas decisões que tomamos, a maioria das pessoas não passa muito tempo pensando em como elas estão se sentindo. Na maioria das vezes, já queremos pensar antes mesmo de sentir isso é contra nossa biologia, você não pensa que está com medo ou inveja.
Em algumas situações, inclusive, evitamos falar das nossas emoções usando frases que ficamos mais à vontade como “’eu tinha borboletas no estômago” ou “havia um nó na garganta”, em vez de dizer “eu me senti ansioso” ou “eu me senti triste”.
Dica: Quando você estiver em uma situação que exija muito do seu emocional, identifique essa situação e tudo que está envolvido. Na maioria dos casos, você deve guardar isso para si mesmo!
Limite o tempo de uso do seu celular
Estudos mostraram que o tempo de exibição de tela, computadores e eletrônicos dificulta muito a leitura de nossas emoções e da emoção dos outros.
Lembre-se as emoções foram herdadas dos nossos antepassados. Lembre-se que seus antepassados não ficavam olhando para o seu laptop ou smartphone por inúmeras horas. Esse ato pode prejudicar sua capacidade de ler os sentimentos de outras pessoas.
Considere fazer uma desintoxicação digital de vez em quando!
Passar alguns dias sem seus aparelhos eletrônicos pode fazer maravilhas por sua capacidade de ler as emoções de outras pessoas!
Pratique a empatia
Empatia é a capacidade humana de se colocar no lugar de outra pessoa. Essa habilidade nos ajudou a evoluir muito; reconhecer alguém da nossa espécie e saber reconhecer e sentir algo do outro é tão poderoso quanto a telepatia!
Um exemplo claro disso são pessoas entrando em discussões ou interrompendo alguém com quem não concordam: uma sugestão é concentrar-se em desenvolver uma melhor compreensão de como a outra pessoa está se sentindo.
A empatia começa quando você começa a prestar muita atenção aos estados emocionais das outras pessoas.
Veja se você consegue reconhecer como alguém está se sentindo e como essa emoção provavelmente influencia a percepção e o comportamento desse indivíduo. Lembre-se que somos todos humanos!
Assuma total responsabilidade por seus sentimentos
Assuma que VOCÊ está no controle de como se sente e como reage às coisas. Respeite o processo de sentir, pensar e agir!
Em vez de culpar seu chefe por deixá-lo louco, considere as medidas que você pode tomar para se acalmar. Em vez de dizer que sua mãe faz você se sentir mal consigo mesmo, concentre-se em reparar sua própria autoestima.
Aprenda a aceitar suas emoções
Seja na escola, no local de trabalho ou até em sua própria família, muitas vezes as pessoas são ensinadas direta ou indiretamente a reprimir suas emoções ou a ter vergonha delas. Há uma atitude social que mostra que reações emocionais apropriadas indicam fraqueza.
Rejeite essa ideia!
Há uma diferença entre ter uma reação emocional apropriada e uma inadequada, como atacar um colega de trabalho. Há uma diferença entre uma demonstração pública de emoção e honrar e processar como você está se sentindo, em particular ou com amigos ou entes queridos de confiança. Quando você tiver uma resposta emocional, como um ressentimento ou constrangimento avassalador, reconheça-os, aceite e tome uma atitude adequada para a situação.
Gerencie seus medos
Quando você quer um certo resultado, é fácil entrar em uma mentalidade de tudo ou nada: “ficarei muito feliz se criar uma startup bilionária , se eu não conseguir, meu futuro será arruinado!”.
Especialmente quando certos aspectos estão fora de seu controle, reduza seus medos imaginando resultados alternativos: “a princípio, esse fracasso inicial parecerá uma decepção, mas eu sei que meus negócios na segunda e terceira tentativa trarão outras oportunidades para mim!”
Dê um tempo a seu corpo e mente para processar o sentimento
Quando você estiver em uma conversa difícil, não sinta a necessidade de chegar a uma solução imediatamente. Educadamente, SAIA do ambiente e reflita seus sentimentos e pensamentos. Minha sugestão:
- Dê um passeio.
- Ligue para alguém para pedir conselhos, desde que o assunto não seja particular.
- Jogue um pouco de água no rosto ou saia para se refrescar, literal e figurativamente (esfriar a temperatura do corpo reduz o estresse, banho frio é uma das opções).
- Escreva um cenário para organizar seus sentimentos em sua mente.
- Ensaie uma resposta calma.
- Faça um exercicio de respiração ou tente até meditação!
Quando você está em pânico, a luta ou fuga do nosso cérebro visceral é ativada e o pensamento racional fica em segundo plano. Acalme-se!
O objetivo é criar distância suficiente para que você possa sair do modo de luta ou fuga e recuperar o pensamento racional.
Comece a meditar
Há muitas evidências de que a meditação aumenta a inteligência emocional.
A meditação reduz o estresse geral e ajuda a aprender a reconhecer os pensamentos como fora de si. É preciso alguma prática. Se sentir que tem algo além da questão mental recorra a questão química do seu corpo, buscando entender seus hormônios!
Pratique gratidão
A gratidão pode reformular seus pensamentos e ajudar você a ver o lado positivo em todos os cenários. Se você praticar gratidão quando estiver se sentindo neutro, será melhor quando as emoções estiverem altas.
Confira algumas maneiras de criar a gratidão.
Acesse emoções passadas
Sabe aquele término de relacionamento amoroso, aquela discussão ou aquele rompimento de amizade no passado? Você pode não ter levado em consideração, mas o seu cérebro sim!
O nosso cérebro só recebe informação padronizada, portanto, tudo que você sente e pensa é transformado em informação PADRONIZADA para o seu cérebro. Então, muitas emoções podem ter sido reprimidas e você nem sabe disso, e o pior, pode ter gerado um padrão negativo inconsciente na sua vida.
Assim, uma das formas de você se reprogramar, em especial essas emoções, é resgatar o sentimento ali presente, trazer o mesmo para o consciente, e evitar padrões negativos na vida pessoal ou profissional (o nosso inconsciente é 400 vezes mais forte!).
Conclusão
Você não precisa revisar sua vida e assumir todas as novas práticas. Você notará uma diferença apenas aumentando sua consciência e incorporando intencionalmente uma ou duas novas práticas ao seu dia a dia!