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Por que mercado do bem-estar?

Colunista: Angelo Dias

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Você sabia que o mercado do bem-estar é fruto de duas grandes revoluções?

A revolução da longevidade

Com a evolução das pesquisas em saúde, o desenvolvimento da indústria farmacêutica e da medicina, assim como das políticas públicas de saúde, hoje temos uma expectativa de vida bem maior. Na década de 60, quando eu nasci, a expectativa de vida do brasileiro era de 54 anos. Hoje é de 77 anos e crescendo.

Segundo o Dr. Alexandre Kalache, epidemiologista especializado em gerontologia e presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR), a longevidade saudável depende do acúmulo de 4 capitais durante a vida. Esse processo que ele chama de Envelhecimento Ativo, corresponde ao desenvolvimento de capital social, cuidar do relacionamento com familiares e amigos; capital intelectual, buscar manter-se atualizado nesse mundo onde a mudança é a única certeza e onde a tecnologia está em rápida evolução, é fundamental para manter a empregabilidade e comportamento empreendedor; o capital financeiro vai permitir o investimento necessário em conforto e bem estar para uma velhice tranquila e o capital vital, o investimento em saúde, a prática do autocuidado que irá viabilizar o acúmulo dos outros 3 capitais.

Com a expectativa de vida elevada e com uma taxa de natalidade mais baixa, o Brasil está caminhando para uma mudança na pirâmide etária. Segundo o IBGE, em 2050, teremos mais idosos do que crianças e jovens no país.

Essa possibilidade de viver mais, gerou a outra revolução:

A revolução do bem-estar

Já que eu posso viver mais tempo, como eu consigo estar bem, me sentir bem e parecer bem para aproveitar melhor esse tempo a mais de vida que eu ganhei? Para atender a essa demanda, vários produtos e serviços começaram a crescer na década de 90. Lojas de suplementos alimentares, restaurantes de comida natural, academias de ginástica, estúdios de pilates, movimento slow food, estúdios de yoga, cosméticos, tratamentos estéticos, medicina ortomolecular, medicina do estilo de vida, spas, harmonização facial, cirurgias plásticas são componentes da indústria do wellness.

As 6 dimensões do bem-estar

Paul Zane Pilzer, economista americano, percebeu esse movimento e o descreveu no livro The Welness Revolution (2002). Nessa época, ele já alertava que esse seria o próximo mercado trilionário do mundo. A sua previsão ocorreu mais rápido do que ele imaginou, fazendo com que ele atualizasse os números em uma nova edição do livro em 2007. O trilhão chegou em 2010. De lá para cá, esse mercado só faz crescer. A pandemia impulsionou ainda mais o segmento com as pesquisas que deixaram ainda mais evidente a importância do autocuidado para a imunidade e a longevidade saudável.

Uma pesquisa da Mckinsey & Company (2021) realizada com 7,5 mil pessoas em seis países (Brasil, China, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) apresenta as seis dimensões do bem-estar percebidas pelo consumidor:

Saúde melhor: vai além de medicamentos e suplementos e inclui dispositivos médicos de consumo, bem como monitores de saúde pessoal. Cada um de nós é responsável pela própria saúde e a tecnologia está facilitando esse controle.

Forma física melhor: além das academias de ginástica, crescem anualmente o número de estúdios de Pilates, boxes de Crossfit, espaços para Yoga, treinamento funcional e demais modalidades esportivas na praia, além da crescente oferta de aplicativos para o treino em casa.

Nutrição melhor: os consumidores querem que os alimentos não apenas sejam saborosos, mas que também os ajudem a atingir seus objetivos de bem-estar. Mais de um terço dos consumidores de todo o mundo relatam que “provavelmente” ou “certamente” aumentarão os gastos com aplicativos de nutrição, programas de dieta, sucos depurativos e serviços de nutrição por assinatura no próximo ano.

Aparência melhor: envolve principalmente produtos de beleza (como suplementos de colágeno e cuidados com a pele) e vestuário (“athleisure”) voltados ao bem-estar. Diversas ofertas de serviços surgiram recentemente nessa área, na forma de procedimentos estéticos não cirúrgicos, como microagulhamento, lasers, jatos de oxigênio e harmonização facial.

Sono melhor: os medicamentos tradicionais para o sono, como a melatonina, agora têm companhia: os monitores de sono que se conectam a aplicativos, além de outros produtos para melhorar o sono (como por exemplo, cortinas blackout e cobertores pesados). Metade dos consumidores do mundo todo relatou desejar mais produtos e serviços que atendam à necessidade de um sono de melhor qualidade.

Mindfulness (atenção plena) melhor: aplicativos com foco na meditação, como Headspace e Calm, e de ofertas voltadas ao relaxamento e à meditação, como Travaasa e Soothe. Durante a crise da COVID-19, as queixas de problemas de saúde mental aumentaram globalmente; mais da metade dos consumidores em cada um dos países pesquisados disseram que querem dar maior prioridade ao mindfulness. Metade dos consumidores afirmou que gostaria que estivessem disponíveis mais produtos e serviços de mindfulness.

Novos produtos e serviços desembarcam constantemente no mercado do Bem-estar. A tecnologia tem acelerado muito a criação e a divulgação de tudo o que proporciona o envelhecimento com mais vitalidade. Hoje é realmente possível viver mais e melhor.

Não por acaso, em 2000, o Mestre Marcus Nahas compartilha os conceitos Pentáculo do bem-estar e contínuo de saúde em seu livro “Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida”. O Pentáculo do Bem-estar, mais do que um conceito, é uma forma de avaliação do estilo de vida de uma pessoa. Trata-se de um questionário onde o respondente faz uma autoavaliação das 5 dimensões do estilo de vida: prática de exercícios físicos, nutrição (hábitos alimentares), controle do estresse, comportamento preventivo (uso de cinto de segurança, preservativo no ato sexual, capacete para pilotar moto) e relacionamento com familiares, amigos e no ambiente de trabalho

MAP x MQV

O contínuo de saúde representa o resultado do nosso estilo de vida em uma régua imaginária, cujos extremos são a saúde e a doença. Caso eu pratique um estilo de vida saudável, cuidando das 5 dimensões supracitadas da melhor forma, dentro das minhas possibilidades, estarei caminhando para o lado da saúde. A direção contrária, ir no sentido da doença, infelizmente é o mais comum de acontecer. Temos 50% da população sedentária, que também abusa do consumo de açúcar e sal, bebendo pouca água, dormindo menos do que o recomendado (8h por noite) e com dificuldade de lidar com o estresse.

Mais recentemente, temos a recomendação do Dr. Pedro Shestatsky, no livro Medicina do Amanhã (2021), sobre a prática do MAP = Movimento diário, Alimentação natural e Pensamento positivo. Esse é o tripé para a longevidade saudável.

E lembra que falamos sobre avanço tecnológico? O Pierre Barbosa, junto com seu time do Instituto Alívio, criou um novo questionário para autoavaliação do estilo de vida. Trata-se do MQV = Mapeamento da Qualidade de Vida, mais prático de responder por ser totalmente digital e com mais informações sobre o estilo de vida do respondente são informações que contribuem muito para o trabalho dos profissionais de saúde que estiverem cuidando dessa pessoa, além de representar um mapeamento do perfil de consumo, uma vez que evidencia o que aquela pessoa realmente precisa, oportunizando o profissional e/ou empresa a criação de um produto customizado que efetivamente irá agregar valor a qualidade de vida daquela pessoa.

E onde entra a Eucademia nessa história?

Lembra que a Eucademia representa 80% do mercado fitness? Ela chega aonde as grandes redes não chegam. Atua em pequenos bairros e cidades. Por ser pequena, funciona como uma startup, podendo aprimorar constantemente o seu modelo de negócio para otimizar a sua entrega. Trabalha com poucas pessoas por horário, por isso pode acolher, orientar e acompanhar as pessoas como ninguém. Melhor exemplo de AcOrA.  Esse é o grande diferencial da Eucademia: ser capaz de criar um ambiente humanizado, para onde as pessoas queiram sempre voltar e assim os resultados esperados acontecem como consequência.

Para tanto, é necessário entender o movimento do bem-estar, ficar atento à evolução tecnológica do segmento fitness, aprimorar a gestão do espaço para a realização de um trabalho que realmente faça diferença positiva na vida das pessoas. É isso que irá aumentar o valor percebido e o respeito pelo nosso trabalho. Respeito é algo que precisa ser conquistado.

É mister perceber que somos apenas uma das seis dimensões do bem-estar percebido pelos consumidores e que as parcerias com profissionais e empresas das outras cinco podem gerar maior rentabilidade para a Eucademia. Ela tem o ativo mais valioso de qualquer mercado: as pessoas. Construindo um relacionamento saudável e duradouro, é possível gerar confiança e conveniência para que elas acessem outros produtos e serviços de saúde através da Eucademia. Uma verdadeira plataforma de saúde local!

Para o aprofundamento nesse tema recomendo as seguintes fontes:

  • The Wellness Revolution (2002) ou The New Wellness Revolution (2007) do autor Paul Zane Pilzer, sem tradução para o português.
  • Medicina do Amanhã  (2021) do Dr. Pedro Shestatsky.
  • Atividade Física Saúde e Qualidade de Vida (2000) do Marcus Nahas.
  • E-book Envelhecimento Ativo. Baixe gratuitamente na intenet.
  • Instagram: @drpedroneuro, @pierrebarbosa.com.br, @alex.kalache,  @humana_academy, @prof.angelodias, @gerontofitness
  • Youtube: Plenae, Pactocast, Fitness Brasil Play, ACAD Brasil

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