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Turnover: tudo o que você precisa saber sobre pedidos de demissão no mercado fitness

Colunista: Cris Santos

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Quando começarmos a voltar “ao normal”, ou seja, quando conseguirmos conviver mais uns com os outros, as ofertas de emprego vão aumentar e, com isso, o turnover também vai!

Entenda o porquê:

Hoje são mais de 14 milhões de desempregos e ainda há a falta de qualificação profissional. Por outro lado, vagas e vagas não são preenchidas pela falta de talentos.

Segundo o IBGE, são mais de 350.000 oportunidades, o que exigirá muita agilidade e esforço dos headhunters em encontrar esses talentos.

Para amenizar esse cenário, a estratégia está em formar mais pessoas e capacitá-las, porém, o que aconteceu com o advento da pandemia, foi um mercado mais enxuto de recursos e investimentos em treinamentos por conta da crise. Com o fitness colapsado, empresas diminuíram seu contingente humano e não havia espaço para pensar em nada mais do que tentar se manter em pé e sobreviver.

Muitos não conseguiram e os que sobreviveram, precisarão repensar suas equipes e seus processos. 

Com a retomada, as contratações aumentam e com ela, a necessidade de mais qualificação também. Contratações e treinamentos serão a “bola da vez” para a metade de 2021. Empresas precisarão contratar rápido e preencher posições sistematicamente.

Mas esse movimento não será proporcional ao processo de treinar e preparar os talentos, o que dificulta a busca por pessoal qualificado. Isso porque formar pessoas é uma ação de longo prazo e os que demitem na crise são os primeiros a reclamar sobre a falta de pessoas quando a economia retoma. Reclamam porque essas mesmas pessoas demitidas, ao se recolocarem, irão escolher onde dedicarão seu tempo e seu conhecimento, e claro, seus esforços e suas expectativas. É isso o que gera movimento ao mercado: pessoas e empresas em sintonia para o crescimento mútuo.

Pensar em desenvolvimento humano organizacional (DHO) não pode ser um pensamento de curto prazo. Pessoas precisam de tempo para conhecer e aprender, gerar habilidades e agirem de acordo com as necessidades da empresa, fazendo com que o principal pilar de desenvolvimento de competências, o CHA – conhecimento/ habilidade/atitude, sejam os principais princípios utilizados na construção e desenvolvimento de talentos. E isso não se faz do dia para a noite!

Mas por que as pessoas se demitem? Por conta da cultura organizacional e da liderança!

No entanto, líderes costumam justificar essas demissões responsabilizando o mercado, onde a pseudo oferta de oportunidades fantasmas são tidas como as principais vilãs da autodemissão. Não reconhecem as falhas na cultura, na gestão e, com isso, mantêm-se isolados da realidade.

Empresas perdem suas equipes para elas mesmas; nenhum funcionário feliz quer sair de onde está!

Claro que ofertas e oportunidades acontecem e estão sempre em pauta, mas não há nada que tire um profissional de um lugar onde faz sentido para ele. De acordo com um estudo, conduzido pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Carreira da Produtive, 46% dos entrevistados pediram demissão porque não viram mais possibilidade de se desenvolver.

Além disso, líderes que estão próximos e alinhados aos colaboradores, engajam mais as pessoas e correm menos riscos de as perderem para o mercado ou por melhores oportunidades de carreira. Vale entender que a área da gestão das pessoas no fitness ainda é um ponto que precisa de atenção e cuidado, mas para esse momento que iremos enfrentar, de fundamental importância.

No entanto, independente do motivo pelo qual um colaborador se demite, é importante perceber que o mundo do trabalho mudou, que as pessoas querem ter equilíbrio entre a vida e o trabalho e acreditam que podem ser eficazes e produtivas nos dois mundos.
E sim, empresas mais flexíveis terão mais chances com elas!
Boa retomada.

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