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Como lidar com a dependência das redes sociais e da internet

Colunista: Cris Santos

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Estamos vivendo um momento de várias descobertas. O ser humano é um ser complexo e está difícil para ele entender exatamente seu papel nessa crise de agora.

As principais transformações que todos nós enfrentamos, segundo Michel Alcoforado, sociólogo e comentarista da rádio CBN, é um conjunto de transformações que foram enormes, mas para ele, a forma como estamos tendo que lidar com as telas e a questão digital é a principal.

Todo mundo foi obrigado a entender que o celular faz parte e precisa fazer parte da sua vida e das questões do trabalho. O celular está sendo usado para trabalhar, principalmente por aqueles que não o usavam para isso, onde sua utilização estava mais para as questões das redes sociais.

Celular na palma da mão

Porém, nesse ponto, 25% dos brasileiros, segundo uma pesquisa realizada pelo Michel, disseram que precisam do celular para dar continuidade nas questões da vida: pagar contas, comprar alimentos, supermercado, farmácia. Outro ponto é que há crianças que não conheciam seus avós ou pessoas da família que não viam ou nunca haviam visto e isso só foi possível porque fomos lançados em direção ao uso robusto de tecnologia.

Não somente nosso trabalho, mas as pessoas, os relacionamentos e a vida, estão literalmente na palma de nossas mãos e dentro dos celulares e tablets. Estamos usando o aparelho celular no trabalho para questões que não eram usadas anteriormente.

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Crianças estão, cada vez mais, entendendo que a sua conexão e o seu relacionamento com o mundo são através de plataformas digitais, pelo menos nesse momento e enquanto durar a pandemia.

Porém, depois de termos entendido que nossa vida foi “favorecida” pelas facilidades e agilidade nas soluções para a vida, mas vale lembrar que o Brasil em si é um país de desigualdades, por isso, nem todos tem ou terão o acesso à internet de qualidade e aqui vale como um ponto de atenção.

O valor do tempo

Nesse sentido, vale notar que as pessoas estão cada vez mais com dificuldade de entender quanto tempo o tempo tem. Por conta de estarmos muito centrados no nosso momento e nas nossas necessidades, a vida está passando a passos largos. Se você prestar atenção ao celular, a aceleração de áudios no WhatsApp é uma ilusão se o objetivo é a comunicação. Isso porque comunicar vai muito além de que um fala e o outro escuta, comunicar é atitude, é comportamento de comunicação.

Em seu livro “The new education”, Kate Davidson nos mostra que comunicar é um ato de atenção ao outro e serve como uma sustentação para o exercício da liderança, por exemplo. Basta imaginar seu líder respondendo a um e-mail enquanto você tenta tirar dele um minuto de atenção. Ao não ter o foco em você, que tipo de comportamento ele revela e o que esse comportamento expressa? Faça esse exercício.

Interagir mais ao vivo!

Será que não teremos mais tempo de bater um papo mais demorado com alguém que gostamos, “ao vivo e em cores”?

Uma conversa sem compromisso traz muita riqueza e criatividade; muitas ideias genuínas foram criadas num café ou num papo de corredor. O ponto é que estamos absolutamente focados em resolver coisas rápida e assertivamente, e isso está deixando a vida e os relacionamentos mais pragmáticos.

A interatividade faz parte da cultura das pessoas, pincipalmente no Brasil, onde resolvíamos as coisas em um formato de conversa à toa, só preocupados em ser feliz naquele momento, sem que houvesse uma segunda intenção no que se falava.

Cabe a cada um de nós perceber esse movimento de comportamento social e para onde tudo isso está nos levando!

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