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Como atender o novo consumidor

Colunista: Cris Santos

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Quando o trabalho pesa na vida das pessoas, é hora de repensar o que estamos fazendo com a nossa forma de trabalhar, entendendo as mudanças definitivas no mercado de trabalho e como ele impacta no mercado fitness.

Os movimentos corporativos que chegaram com a pandemia trouxeram reflexos no comportamento dos clientes e na forma como cada indivíduo repensa a sua vida e seus relacionamentos e, consequentemente, a forma como querem ser tratados.

A prioridade agora é o bem-estar, muito por conta das novas formas de se trabalhar e o que foi preciso fazer para sobreviver nesse período. Essas mudanças comportamentais das pessoas, especialmente os clientes, geraram impactos significativos no mundo das academias, principalmente sobre como se espera que sejam os novos formatos de atendimento levando em conta a dinâmica do trabalho versus vida.

A pandemia mudou a forma de trabalhar das pessoas em um contexto geral no mundo corporativo, que se estende até as academias. E essas novas formas vão direcionar como podemos ser mais assertivos para conquistar a confiança e o coração dos clientes.

O impacto nos negócios

Todos os modelos de negócio foram impactados, porque as pessoas também foram. Todos estão refletindo sobre o que vale ou não a pena e, com isso, mudaram também a expectativa sobre o que cada um espera de um atendimento; esse movimento reflete diretamente sobre a forma como devemos tratar os clientes. Considerando que o trabalho e a vida são o que nos sustentam, não podemos deixar de levar em conta esse sentimento coletivo e suas expectativas de relacionamento seja em casa, no trabalho ou na academia.

As pessoas estão cansadas, não querem mais ouvir que precisam melhorar a saúde, a condição física, ter um corpo perfeito… elas querem atenção, acolhimento, desejam que quem as atende seja mais empático, cordial, amigo e parceiro.

Ainda que esse seja o lema da grande maioria das academias, campanhas como “treine mais e pague menos” já não fazem mais sentido para as pessoas, nem para os clientes e nem para a equipe.

O ponto não é pagar menos para ter mais, mas pagar por um novo modo de atendimento, mais humano e mais solícito e que faça sentido. E ser solícito significa dizer que quem atende também precisa de atenção. Todos estão exaustos!

Gestão humanizada

Aqui há um ponto positivo: a liberdade de criar novas formas mais humanizadas, sejam de treino, atendimento, gestão ou carreira.

Para ter um paralelo de como a forma de trabalhar vem impactando na forma como atendemos os clientes e como temos nos comportado diante de tudo isso, vale analisar uma pesquisa realizada pela revista Veja sobre empregabilidade, com as mais renomadas consultorias. Os indicadores dão pistas sobre como devemos mudar a forma como nos relacionamos com as pessoas:

  • 53% das pessoas estão exaustas e esgotadas
  • 46% consideram o trabalho estressante
  • 40% querem deixar seus empregos brevemente
  • 57% ganham menos de antes da pandemia
  • 51% estão diagnosticados com Burnout
  • 45% reclamam de falta de flexibilidade
  • 44% reclamam de horas extras

(Fontes: Talk Space/ Mackinsey/ Gallup)

Esses indicadores revelam que, se o mercado fitness não reorganizar a forma como atendem as pessoas e seus líderes não facilitarem essa entrega, serão todos considerados fósseis!

Com esse comportamento, movimentos em torno do que se acredita como sendo aceitável ou não, pessoas estão adotando medidas autônomas de se manterem ativas.

Dar aos profissionais do setor autonomia e liberdade para adotar medidas mais humanizadas de aplicar treinos vai agradar os clientes: treinamentos ao ar livre em contato com a natureza envolvendo práticas mais lúdicas ou relaxantes como yoga e dança, aulas com exercícios funcionais em pequenos grupos levando em conta a individualidade de cada participante, utilização de APP para um melhor monitoramento da evolução do cliente e um melhor acompanhamento do profissional sobre a evolução do cliente no dia da dia, inclusive fora da academia, favorecer mais o convívio do que o treino, optar por modalidades que foquem mais em estado de presença do que em músculos como é o caso das técnicas de mindfullness, entre outras.

Para refletir

Se um dos objetivos do treino é a diminuição do stress com vistas à mais qualidade de vida, precisamos estar atentos aos movimentos no mundo corporativo que vêm mudando definitivamente as necessidades das pessoas:

  • Se pudemos ter nosso trabalho dentro da nossa casa, por que não podemos ter nossa academia dentro da nossa casa também?
  • Se não precisamos sair para encontrar alguém, por que precisamos sair para ir à academia?
  • Se meu “professor” pode ser um amigo, por que tem que ser só, meu “professor”?
  • Por que vou treinar para um objetivo específico se o que eu quero é ser feliz com qualidade de vida?

Essas perguntar permeiam a mente das pessoas e cabe a nós usarmos essas necessidades como direcionadores de modos de atendimentos mais adequados à essa realidade.

É claro que poder estar com as pessoas faz parte da vida, mas sair de casa para mais do mesmo, já não faz sentido. Ou melhor, nunca fez!

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