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Nossas empresas fitness são cidadãs?

Colunista: Edvaldo de Farias

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Em artigo publicado em anos anteriores apresentei uma proposta de capacitação profissional baseada em um conjunto de competências para além daquelas que normalmente eram desenvolvidas nos programas de treinamento. Assim, defendíamos aqui a posição de que um profissional que se pretenda competitivo, em cenários tão dinâmicos como os de hoje, deveria ser desenvolvido e capacitado continuamente em 5 dimensões distintas e interdependentes: técnica, relacional, emocional, gestão e social. A cada uma delas correspondia um conjunto de características e habilidades que, se bem desenvolvidas pelos programas de treinamento e alinhadas ao negócio, fariam das empresas um verdadeiro portfólio de competências que, em ultima análise, agregaria mais valor aos serviços que entrega aos seus clientes.

Porém, num momento em que as empresas do segmento fitness & wellness buscam diferenciação aos olhos de seus clientes e colaboradores e competitividade frente à concorrência, observamos que nesse mercado, assim como em todos os demais, há algo mais a fazer do que investir em tecnologia e capacitação de pessoas, posto que o conceito de empresa enquanto organismo vivo e pulsante na sociedade vem se modificando na direção de causas maiores e mais nobres que a simples entrega dos serviços que produz. Estamos falando das organizações que, na busca por oferecer contribuições à sociedade na qual está inserida, de modo a “fazer diferença”, pautam algumas de suas ações e valores corporativos numa perspectiva de contribuir com a melhoria da sociedade como um todo, agindo não mais como mera pessoa jurídica, mas sim como “organismo pensante”, convertendo-se portanto, numa empresa-cidadã.

O que sua empresa vende?

Este conceito, já tão difundido em outros segmentos do mundo empresarial, precisa ganhar espaço também no mundo fitness & wellness por uma razão simples e direta: vendemos o que, afinal? Saúde, qualidade de vida, bem estar, sensações, emoção… Ora, se tudo isso tem a ver com uma vida melhor, qual a razão para não investirmos em ações que melhorem qualitativamente a vida das pessoas para além dos exercícios físicos mesmo daquelas que não são nossos clientes diretos? Parafraseando o Prof. Eduardo Netto, “nosso negócio não é exercício físico, mas sim, gente”.

Estamos falando de ações socialmente responsáveis que empresas como as nossas poderiam empreender de modo que fossem percebidas por toda a sociedade como uma expansão de nossa missão que é, em síntese, agregar mais valor à vida das pessoas. De uma forma geral, estas ações são pequenas em termos de tamanho e investimentos, mas grandes em termos de impactos e repercussões na vida humana que é, por definição, um processo de melhoria contínua.

Da mesma forma que as empresas, propomos ainda que seus colaboradores sejam incentivados e capacitados a pensar e agir na dimensão social de seu trabalho que, diretamente ligada ao conceito de cidadania em seu sentido amplo, define-se pela capacidade de empreender ações que contribuam para a melhoria da sociedade, gerando impacto positivo com suas ações e cumprindo assim seu papel global e coletivo no mundo que é servir aos outros, tomando como fundamento essencial a construção de um mundo melhor para TODOS.

Como tornar sua empresa uma empresa cidadã

O apelo global do mundo contemporâneo exige de nós hoje, pessoas físicas ou jurídicas, um olhar para o ecossistema humano ou, em outras palavras, o ser humano é o princípio e o fim de todas as coisas e está no centro de tudo que as empresas produzirem, o que significa agregação de valor para além da dimensão financeira, compreende?

Assim, deixamos aqui como sugestão que os gestores das empresas fitness & wellness pensem e repensem seus negócios de modo a fazer com que a evolução deles seja constante, a contribuição para um mundo melhor seja efetiva, o comprometimento com as causas humanas seja de todos, e que a qualidade das suas entregas seja a maior possível, com rentabilidade progressivamente melhor, é claro, mas que tudo isso seja viabilizado a partir de ações construtivas de um mundo do qual todos nos orgulhemos de sermos sujeitos e coautores ao mesmo tempo.

Para refletirmos:

“Vós pouco dais quando dais de vossas posses. É quando dais de vós próprios que realmente dais.”
(Khalil Gibran)

REFERÊNCIAS

VIANNA, M. A. F. O Líder Cidadão e a Nova Lógica do Lucro. RJ: Qualitymark, 2008.
DRUCKER, P. F. Manegement Challenges for the 21st Century. Harper Collins Publishers Inc. New York, 2000.

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