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Tratar a causa e não o efeito na saúde e nas finanças

Colunista: Celso Cunha

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“Senhor, saíram os resultados dos exames de sua empresa; e o diagnóstico não é bom. Ela corre o sério risco de fechar.”

“Mas como assim? Outro dia ela estava bem; bancando minha casa, minhas viagens, meus gastos…”

Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência em um segmento em que o forte é o contato pessoal, focado na orientação da busca da saúde e performance baseado na melhor prática de atividade física direcionada, cuja grande maioria dos empreendedores são graduados na área de humanas ou da saúde e assumem a gestão financeira de suas academias, ou seja, área de exatas. Não se preparam ou tentam aprender na prática com os próprios erros financeiros e de gestão. Até que um dia, diante do endividamento e a queda no padrão de vida, se veem em sérias dificuldades.

Há três anos, diante de um diagnóstico de pressão alta e o receituário que afirmava a necessidade da inserção de dois medicamentos diariamente em minha rotina enquanto vivesse, sob o risco de sofrer um AVC, minha inconformação era evidente.  Por dois anos aceitei a contragosto e segui as recomendações médicas… “Logo eu, atleta desde criança…”, pensava.

Até que um dia, uma amiga me indicou uma nutróloga para que identificasse a causa e não o efeito. Quase desesperançoso, marquei a consulta e me submeti aos exames que identificaram em meu organismo a deficiência de magnésio. Com acompanhamento fui repondo esse sal mineral e me “livrei” desse mal; tratando a causa e não o efeito.

Traçando um paralelo entre os dois diagnósticos, sugiro tratar as causas e afirmo que o endividamento é o efeito. O endividamento não é o problema! Ele é a consequência! É preciso descobrir as causas.

Portanto, analise todos os números de sua empresa de forma isenta ou contrate um profissional que o faça. Receitas, custos e despesas, fluxo de caixa, capital de giro, capacidade de pagamento, retiradas dos sócios, folha de pagamento, gastos com energia elétrica, impostos e taxas, empréstimos, necessidade de investimento e tempo de retorno, ponto de equilíbrio, ticket médio, custo por atividade, margem de contribuição, custo de oportunidade…. Torne-se um especialista de sua empresa; caso ela esteja clamando por socorro, você pode ser a salvação!

Bons negócios e boa sorte!

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