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Ciclos financeiros

Colunista: Celso Cunha

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Se fossemos definir as fases da vida, desde o início de sua vida profissional: as dificuldades, sonhos, projetos… todas as etapas, vitórias e aprendizado… levaríamos bastante tempo, talvez anos, e essa narrativa estaria sujeita a interpretações de acordo com o momento em que as reavaliássemos. O índice de acertos de pessoas de sucesso gira em torno de 15%, ou algo próximo de uma para cada seis tentativas. Não há nada de errado em sonhar, planejar e tentar, mesmo quando o objetivo não é atingido. Isso se nos empenharmos nessa tentativa. Às vezes as coisas vão bem; outras vezes nem tanto. Se seguíssemos o ditado de nossos avôs que diziam “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe.” Mas temos pressa!

A fábula da cigarra e da formiga, em que a primeira renuncia ao trabalho e às reservas confiando em uma estabilidade em que tudo o que precisar lhe chegará as mãos não é igual à vida real!

Perceba que, nos momentos em que algo deu certo em sua vida, você colheu resultados de seus esforços passados. E outros ocorreram em sequência, regando a ilusão de vitória crescente e constante: “Yes, eu sou o cara!”

Nesse momento vamos às compras: um bom carro, viagens, passeios, imóveis, reformas, casamento, filhos… e tempos depois: “Epa!  A empresa não consegue bancar os gastos que eu mereço, afinal fui eu que a criei; eu sou o dono; nada mais justo…” 

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A sensação de fracasso e a frustração se instalam e insistem em atormentar nosso sono. A vida pessoal e a profissional sofrem com esses extremos, nesses dois caminhos antagônicos a receita seria a mesma: “Nem tanto, nem tão pouco.” 

Perceba que a vida é composta de ciclos, subidas e descidas, altos e baixos, perdas e ganhos, muitas experiências e aprendizado. O fato é que menos de 1% das pessoas mantém reservas de longo prazo e que a grande maioria poupa para adquirir um bem ou serviço os quais figuram em seus sonhos e planos.

Não comemore demais e não se abale demais diante das derrotas, fracassos ou escolhas erradas, reposicione-se e analise onde ocorreram os erros; um passo atrás pode ser um impulso para seguir adiante. Os números dos seus negócios devem ser friamente analisados e as decisões tomadas com base neles: expandir, contrair ou até desistir. Planeje-se com base em sua realidade.

Não confunda a pessoa física, no caso você, com a pessoa jurídica – sua empresa. Contas pessoais ou de seus familiares não deverão figurar nas planilhas da instituição cujo objetivo é o lucro, o crescimento e a perpetuação do negócio. Não seja um obstáculo para o seu sucesso!

Construa suas reservas e as mantenha, pois, futuramente, em algum momento precisará delas, se não para uma emergência, talvez para realizar um bom negócio fazendo com que esses valores investidos trabalhem para você rentabilizando de alguma forma e lhe transmitindo a segurança necessária para se deitar e dormir tranquilo. E assim que possível, uma segunda ou terceira fonte de renda será muito bem vinda, pois, se algo der errado, seu “balão de oxigênio” estará garantido.

Bons negócios e boa sorte!

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