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Finanças para academias – capacidade instalada

Colunista: Celso Cunha

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Dando Sequência à série “Finanças para Academias” com o objetivo de desmistificar o tema de maneira simples e prática, já tivemos os seguintes artigos:

Dizem que o gestor de academia tem em mente três quantidades de clientes para divulgar aos curiosos: o dobro, para os concorrentes, a metade, para a fiscalização e o número real que muitas vezes nem mesmo ele sabe.

Brincadeiras à parte, a capacidade instalada de uma academia é a quantidade de pessoas que a estrutura física – salas, equipamentos e equipe de trabalho – é capaz de atender, servir e reter com qualidade, buscando a satisfação do cliente e a perpetuação do negócio.

A teoria é essa. Já na prática… huuummm…

O final do mês vem chegando, algumas contas em atraso, tarefas a realizar, funcionários pedindo férias, adiantamento… é preciso priorizar!

“Precisamos de mais clientes ou reajustar os preços, mas, fizemos isso a poucos meses… e os concorrentes estão mais baratos que nós; não sei como conseguem…”

A demanda é sempre maior que a capacidade financeira. Os funcionários acham que recebem menos do que merecem, sem saber quanto eles custam para a empresa – “o CUSTO BRASIL”.

Possíveis erros:

  • Falta planejamento financeiro
  • Precificação inadequada
  • Falta foco
  • Pró labore acima da capacidade financeira da empresa
  • Falta de capital de giro

Atente para o fato de que um desses erros não exclui os outros.

Presume-se que precisamos de mais clientes… Assisti a uma live em que o palestrante dizia que o empreendedor precisa: ATRAIR – CONVERTER – FIDELIZAR

Então, “Bora lá!”

Ah… se fosse fácil assim…

Lembro da piscina da minha academia com capacidade máxima de doze clientes ao mesmo tempo, nas aulas de hidroginástica havia turmas com três, quatro alunos, o que não pagava os custos: hora aula professor, décimo terceiro, férias mais 1/3, FGTS, energia elétrica, produtos de tratamento da água, custo do tratador, material de limpeza, funcionários, impostos…

Em horários específicos de algumas turmas havia demanda e até fila de espera, pois não caberiam quatorze, quinze… Que dilema!

Quando tratamos de capacidade instalada em academias, precisamos entender que existem horários de pico e horários de pouco movimento, atividades que atraem mais clientes e outras menos. Campanhas mensais podem diminuir esse hiato, embora seja preciso ter noção dos números.

Como referência, generalizando, posso citar que, um cliente por metro quadrado pode ser seu objetivo, considerando a área construída. É claro que existem exceções; conheço algumas. Uma academia na Lapa, Rio de Janeiro, com 800 m² chegava a 2.400 alunos ativos. Outra no shopping Barra Garden,  Barra da Tijuca, RJ, batia 7.000 ativos em aproximadamente 1.000m².  São exceções

Outra referência que pode validar seu sucesso é a regra do avião que não levanta vôo com menos de 70% dos assentos ocupados. Exemplo:

Capacidade instalada

600 clientes

Ticket médio

R$100,00

Lotação

R$60.000,00

Referências:


Receita 70%

R$42.000,00

Folha de pagamento 40%

R$16.800,00

Aluguel

R$6.300,00

Demais custos e despesas

R$7.300,00

Provisionamentos

R$3.200,00

Margem de lucro

R$8.400,00

Esses parâmetros acima são genéricos, mas servem para ilustrar a saúde financeira de uma academia, próximos à realidade, considerando distorções devido a localização, perfil dos clientes etc.

O segmento fitness sofre variações devido à sazonalidades no fluxo de clientes (turn over); por esse motivo, deve-se, nos períodos de alta, gerar maior fluxo de caixa e construir reservas financeiras para os períodos de baixa.

Espero ter contribuído para diminuir as dúvidas sobre o seu negócio e sugiro que retorne aos artigos financeiros das edições anteriores.

Bons negócios e boa sorte!

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