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Cadê o dinheiro que estava aqui?

Colunista: Celso Cunha

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O que aconteceu com o mercado de academias nos últimos anos?

Boa pergunta! A resposta não é simples. Um conjunto de fatores alterou as bases até certo ponto previsíveis de um mercado frágil, promissor e em crescimento até meados de 2014 quando é consenso entre os economistas como o início da crise em nosso país.

De fato, o mercado fitness começou a mudar com a entrada de um gigante que trouxe à tona o termo low price/low cost. Com estrutura administrativa, gestores com expertise e aporte financeiro externo praticando valores bem abaixo do mercado, principalmente nos bairros de maior poder aquisitivo, criou dificuldades inesperadas para empresas do setor estabelecidas há décadas.

Até então, o estudante de Educação Física tornava-se estagiário em uma academia próxima à sua residência, indicado por alguém ou onde já treinava; conhecia o proprietário e regava o sonho de algum dia abrir a sua própria empresa. Era o caminho natural a seguir, com a ajuda de um familiar, talvez um sócio e mais um player no mercado explorado em quase sua totalidade por pequenos negócios e três ou quatro redes com algumas unidades. Aos poucos, o proprietário percebia as dificuldades em gerir um negócio próprio, pois havia aprendido a instruir exercícios físicos e a falta de experiência em gestão dificultava o crescimento de sua empresa. Afastando-se das aulas, eleva o custo da instituição tornando-se “patrão” no sentido pejorativo. Agora com status, alcança posição de destaque na sociedade apesar da fragilidade de seu negócio.  Os que procuraram capacitação no mercado se adequando ao fluxo de caixa, capital de giro, reserva de capital, payback, atuando com disciplina financeira seguindo seu plano de negócios resistiram à crise por mais tempo.

O desemprego chegou a taxas jamais vistas no país. Empresas fechando, empréstimos não quitados, capital de giro sendo usado para cobrir despesas, cheque especial, cartões de crédito, altas taxas de juros, endividamento, corte de custos e o “patrão” retorna para a musculação. Agora, a manutenção dos equipamentos é ele quem faz economizando um funcionário. Em alguns casos, a limpeza também é feita por ele com o auxílio de alguém da família. Tempos difíceis. O pior momento é quando se percebe que o sonho acabou. Que trabalhando para si o dobro das horas não capitaliza o necessário para manter as portas abertas. Que se trabalhar para alguém terá benefícios como salário, décimo terceiro, FGTS, INSS e férias. O mercado não estava preparado para uma crise tão grave e duradoura. As despesas aumentaram e a receita diminuiu. Aluguel, salários, impostos, energia elétrica, água e esgoto, honorários, tudo aumentou, a não ser o valor cobrado pela academia e a quantidade de clientes. O sarrafo subiu. A cultura em nosso país não classifica atividades físicas como prioritárias. Se tiver de cortar custos a academia vem logo à frente:

”Vá correr na praia, jogar bola… um personal custa caríssimo…”

Infelizmente a maioria das pessoas pensa assim.

Agora um sopro de otimismo: se você se manteve firme em seus propósitos até aqui, parabéns, pois, o pior já passou! A economia dá sinais de melhoras.

Manter os custos baixos é fundamental para a saúde financeira de seu negócio ou mesmo de sua vida pessoal. Foque nas vendas. Sempre se praticou o modelo de venda passiva, aguardando o cliente entrar e adquirir seus serviços. Acredite, isso mudou! Empresa nenhuma sobrevive sem vendas. A dupla ideal é ter vendas e atendimento como foco.

E uma dica que vale pra todos os momentos: nunca prometa aquilo que não possa cumprir.

Vamos em frente, um dia de cada vez.

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