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A protocolização das práticas corporais

Colunista: Samuel Mattos

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Em meus devaneios sobre a pandemia da COVID-19 e suas repercussões nas academias fitness, me deparei com uma situação “normal” na atualidade: os aplicativos de treinamento. Além disso, tive a oportunidade de ler o artigo “Prescrição de exercícios físicos por inteligência artificial: a Educação Física vai acabar?”, de Oliveira e Fraga, publicado em março de 2021 na Revista Brasileira de Ciência do Esporte falando sobre a prescrição de exercício físico por meio da inteligência artificial, que apresenta o termo “protocolização das práticas corporais”, este sendo o nosso ponto de partida.

Sendo assim, trago algumas questões apresentadas no artigo que possibilitam um diálogo entre os profissionais de Educação Física, pois para alguns quase à beira do desfalecimento profissional, há urgência na “imunização” empresarial. Partindo disso, este texto não se limita a resumir em poucas linhas o artigo, mas dar continuidade às proposições apresentadas pelos autores e instigar novos debates entre a comunidade acadêmica, empresarial e profissional.

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Os aplicativos de exercício físico nos últimos anos têm ganhado destaque, pois na palma da mão o sujeito tem a prescrição do treinamento para realizar atividade na academia ou em ambiente ao ar livre. Tais aplicativos são elaborados a partir de parâmetros (variáveis) que são mensuradas a cada acesso do indivíduo formando um banco de dados e, após algumas informações por meio da inteligência artificial, o treinamento está pronto. Pensando na facilidade da elaboração do programa de treino, isso é fenomenal, pois economiza tempo e por vezes dinheiro, mas, e o personal trainer? Este é o profissional que tem habilidade técnica e científica para a prescrição de treinamento físico, contudo, se ele somente analisar os parâmetros para prescrição, me arrisco a dizer que ficará para trás.

Precisamos de forma urgente repensar os modelos de atuação e prescrição de treino para os alunos, pois se estes forem tratados como variáveis de treino, provavelmente o aplicativo seja mais assertivo. Constantemente me deparo com esse tipo de personal, tudo está escrito, bem mensurado, estruturado, porém falta um grande detalhe: perceber o aluno como ser vivo e não uma máquina que regula, lubrifica e coloca para funcionar.

Neste sentido, o personal trainer deve ir além da prescrição de treinamento e investir nas relações interpessoais, favorecendo o olho no olho; esse pequeno detalhe fará a diferença entre o aplicativo e a contratação do profissional. Contudo, o aplicativo não precisa ser demonizado e sim, ser utilizado como ferramenta de apoio a um programa de exercícios e de preferência, supervisionado por um personal trainer. Com isso, é valida a elaboração de protocolos de treinamento para observar uma evolução bem adequada, porém não é a única forma de proporcionar exercício físico ao sujeito. Convido todos os professores e personal trainers a explorarem além do treinamento e aplicativo, e verem qual resultado isso poderá trazer para a prática diária.

Em conclusão, não vamos realizar somente a prescrição de exercício, pois para isso já existem diversos aplicativos, nosso intuito será ir além do que um treino detalhado pode ter, é buscar a essencialidade de cada sujeito para a prática regular de exercício físico em qualquer espaço, oferecendo opções de acordo com a necessidade e disponibilidade de cada indivíduo.

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