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Como a Inteligência Artificial está afetando a carreira do Educador Físico

Colunista: Fábio Fruch

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Imaginem só, num futuro próximo – daqui a pouco – uma pessoa comum veste uma roupa com sensores e tecidos especiais, coloca seu relógio inteligente, um par de fones de ouvido sem fio, seu celular conectado a todos estes equipamentos e vai para seu treino. Ela escolhe no aplicativo que tipo de treino vai fazer naquele dia, não importa se é uma corrida, uma musculação para ganho de massa, se é um exercício para queima de caloria…

O aplicativo mostra qual é o melhor exercício para ela naquele momento, baseado na composição corporal, no objetivo, no histórico de treinos, na alimentação que ela vem realizando, além de consultar a comunidade ao redor do mundo e ver quais os exercícios que mais estão proporcionando o resultado esperado, conforme o perfil. Como se não bastasse, os sensores inteligentes da roupa que ela está usando mostram que não está fazendo o exercício corretamente, pois os músculos que deveriam não estão sendo acionados, corrige a postura e não deixa ela “roubar” repetições definidas. E ainda por cima, monitora todos os parâmetros necessários do organismo, para evitar sobrecarga, consumo errado de suplementos e coisas deste tipo.

Isso parece filme de ficção científica, mas só parece, porque estamos muito próximos disso acontecer. Aplicativos que usam Inteligência Artificial (IA) já existem e um dos mais famosos é o Freeletics; relógios inteligentes que leem os parâmetros corporais já temos aos montes, na última CES (a maior Feira Internacional de Produtos de Consumo), a Samsung lançou um óculos e um sensor vestível com o intuito de monitoramento corporal, empresas de roupas esportivas nos Estados Unidos já estão lançando roupas que monitoram o uso correto da musculatura e estarão disponíveis para o público no primeiro semestre de 2020.

As principais dificuldades são que estas coisas não estão totalmente integradas e o preço ainda não é tão convidativo, mas não se iluda, isso não vai demorar para acontecer.

O papel do profissional de EF nesse contexto

O fato é que muita coisa irá mudar, mas o que realmente não vai mudar é a necessidade do ser humano de interação com outra pessoa, ter um ouvido amigo que entenda suas dores e objetivos pessoais e que consegue traduzir isso no melhor treino possível para esta pessoa, a fim de que ela consiga atingir aquilo que ela realmente busca.

É saber entender o que está por trás da vontade deste aluno, quando ele chega para você e diz, por exemplo, “vim treinar porque quero perder 10Kg”. Qual é o objetivo intrínseco nesta frase, será que é porque o médico mandou, porque esta pessoa quer ficar mais bonita para alguém, porque ouviu seu marido/esposa dizendo que está com um pneuzinho, por que alguém muito próximo está com pressão alta por causa do excesso de gordura? Enfim, qual é o fator motivador desta pessoa se levantar do sofá e procurar um profissional para treinar e perder 10Kg?

E indo mais além, como você deve falar com esta pessoa para conseguir tirar a informação correta e como conectar o treino que você está preparando com este objetivo intrínseco, gerando a satisfação correta neste aluno e motivando para o resultado?

Esta sensibilidade e atenção a tudo que o aluno diz e, às vezes, ao que ele não diz, é o grande diferencial de você, educador físico, e qualquer solução de Inteligência Artificial. A IA vai ficar com a primeira informação que o aluno passou, ou seja, quer perder 10 Kg, mas você tem como ir muito mais fundo e levar ele a ter resultados muito mais poderosos.

E agora você talvez esteja se perguntando: “E como faço para entender de gente neste nível?”. Conhecimento é a chave do negócio, estude como as pessoas pensam e agem, como elas aprendem, como motivá-las, como se relacionar melhor com elas, enfim, para você ter um diferencial neste mercado desde já, procure entender profundamente de pessoas, porque a Inteligência Artificial JÁ ouve o que uma pessoa diz e produz uma ficha de exercícios padrão. Você precisa ir além!

Busque conhecimentos nas áreas que tratam da mente humana como, por exemplo: programação neurolinguística, psicologia, filosofia e tantas outras áreas de estudo de como pensamos, sentimos, agimos e obtemos nossos resultados, para ter mais sucesso como profissional no futuro!

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