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O desinteresse dos profissionais de coletivas

Colunista: Geraldo Filho

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Desde que você começou sua carreira na ginástica coletiva, quantos cursos voltados para essa área você fez? E durante a pandemia?

Quando eu era estudante de Educação Física e estagiava na sala de ginástica (GRATUITAMENTE), por diversas vezes lia cartazes dos grandes eventos nacionais e também via os professores da academia se preparando para ir a congressos, cheios de motivação, alegria e brilho nos olhos, enfim, sabiam que ali seria mais uma oportunidade de  aprender algo para tornar ainda melhores as suas aulas!

E como era fantástico contemplar cada professor de ginástica trazer algo para tornar as aulas ainda melhores em diversos aspectos, observava a alegria deles em estarem renovados para seguir suas missões, que era conduzir as turmas com cada vez mais eficiência, segurança e incentivo.

Com o passar do tempo, quando fui ao meu primeiro congresso para um curso de ginástica, entendi realmente porque meu professores chegavam tão entusiasmados: era uma reunião de pessoas que faziam de tudo  para absorver ao máximo as explicações teóricas dos profissionais que ali estavam, e levavam uma gama de conhecimento para dar suporte científico ao trabalho. Logo após chegava o momento mais esperado por todos: as aulas práticas e ouvir os CDs que seriam utilizados e que fazíamos de tudo para comprar.

De uns tempos para cá, com a potencialização da internet e a criação das franquias, os cursos e workouts foram perdendo a força; aquelas multidões de 200, 300, 400 pessoas foram drasticamente diminuindo até mesmo em grandes eventos, que durante muito tempo eram o palco principal para o fitness coletivo.

Já há algum tempo, o ACSM tem entre suas 10 tendências fitness a ginástica coletiva, todavia, os cursos voltados para essa área estão sendo muito pouco procurados ou em diversos eventos não há oferta. Nessa pandemia, diversos modelos de cursos online foram oferecidos, diversos professores ministraram suas lives em busca de divulgar os trabalhos, etc.

A partir disso, faço uma comparação: porque a maioria dos professores de musculação, atuantes na área de Personal Training, recreação, natação etc., estão sempre buscando fazer cursos, e os de ginástica não? Será que a ginástica é só “1,2,3,4……..5,6,7,8”, “vamos lá, galera, “ahhhhhha, uhhhhhhhu”? Claro que existe um clima de festa, alegria e descontração, porém reciclar-se é apenas obter novas coreografias, músicas da moda e se filiar à franquia A ou B?

O fato é que somos profissionais de saúde, pessoas cuidando de pessoas e nesse momento catastrófico, esse compromisso deve ser ainda maior, porém, para trabalhar com coletivas, NÃO basta apenas a prática, tem que saber da teoria, tem que ter conhecimento, saber o porquê, para que e para quem, não basta apenas ligar o som, aquecer 5 minutos, amontoar exercícios e depois alongar!

Por isso a importância de participar, ouvir outros profissionais, trocar ideias, todo mundo tem o que aprender e o que ensinar, somos os melhores do mundo, somos alegres e criativos, dinâmicos…

Para que ganhemos respeito dos outros segmentos e não sejamos chamados de aulas “OBA OBA”, ou “SALVE-SE QUEM PUDER”, precisamos estudar; o profissional que não estuda é no mínimo irresponsável, pois está lidando com a saúde de seres humanos.

Existem tantas referências da nossa profissão com cursos fantásticos e cada profissional deveria aproveitar essa oferta, porque eles estudaram para isso: para mostrar a nós todos a força que nós temos e como podemos impactar as pessoas com o nosso conhecimento aplicado à prática.

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