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Ginástica coletiva: definida, definitiva e com competência

Colunista: Geraldo Filho

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Durante alguns anos, o treino em grupo embora sempre existente, passou por crises, seja na questão de implantação nas academias, retirada das grades de horários ou modalidades que deixaram de ser utilizadas como ferramentas de treinamento e foram abandonadas e desacreditadas por alguns profissionais. Isso gerou dúvidas nos gestores quanto à eficiência da ginástica coletiva e se valeria realmente a pena investir no setor.

Então, durante esse tempo de incertezas e descréditos foram surgindo formatos de aulas com nomes atrativos, sempre com o intuito de manter a ginástica ativa, mesmo sabendo-se que a base sempre foi e será a mesma. Em 2015, o ACSM publicou como sempre as tendências do fitness para o ano subsequente, e mais uma vez o treinamento em grupo estava fora da lista dos 20 classificados, em 2016 de repente surge na posição 6 e em 2017 chega à 2ª colocação de forma esplendorosa, e se formos analisar o primeiro colocado, é um método utilizado também em grupo assim como diversos outros citados na lista. Na minha experiência profissional, a ginástica coletiva jamais sairá de moda; como diz mestre dos mestres da ginástica Mauro Guiselini, “A GINÁSTICA É IMORRÍVEL”.

A grande questão que venho falando nas palestras e cursos não é sobre a quantidade de aulas que estão ocorrendo, isso é ótimo, a preocupação é a qualidade dessas aulas. Será que realmente elas se encaixam dentro do que chamamos treinamento? Então o artigo de hoje será para lembrar alguns conceitos e definições que sustentam e embasam a eficiência e segurança da ginástica coletiva.

O que é Ginástica Coletiva?

As atividades físicas coletivas são aquelas orientadas em grupo, no mesmo programa físico, sob as mesmas condições de recursos humanos, ambiente, informação, com ou sem implemento, entre outras características compartilhadas, porém utilizando-se de estratégias que permitam o controle individual de cada participante.

O que é preciso para ministrar aulas coletivas?

Muito embora pareça uma questão simples, pois geralmente a resposta sempre é a mesma: “ritmo e coordenação motora”, existem alguns outros requisitos que são de bastante relevância e que devem ser desenvolvidos pelos que ministram e por aqueles que pretendem se inserir no setor. Infelizmente, vemos apenas a preocupação em, muitas vezes, desenvolver ritmos e técnicas de execução e deixamos para trás tópicos que, somados aos supracitados, transformará você em um profissional diferenciado no mercado.

Para ser um bom profissional de aulas coletivas, você precisa de três pilares básicos: competência, habilidade e atitude. Falarei nesse texto apenas sobre competências na ginástica coletiva.

Embora o nome  por si só já tenha uma definição, não se pode deixar de citar as competências que chamo de fragmentadas que dão sustentação à definição da palavra, são elas:

Competência organizacional: diz respeito à pontualidade, assiduidade, cumprimento de normas e métodos, interesse pelos assuntos da academia, participação nas reuniões técnicas.

Competência de comunicação: refere-se à postura geral, interação com a equipe, simpatia e carisma, interação com os alunos, comunicação verbal e não verbal.

Competência de resultados: negociação, comprometimento, disciplina, dedicação, abnegação.

Competência social: inteligência emocional, relação interpessoal, trabalho em equipe, ética, cooperação, gestão de conflitos.

Competência atitudinal: pró-atividade, aquisição e transferência de conhecimento, educação, gentileza e cordialidade, cultura de qualidade, versatilidade e liderança.

Assim, quando se fala em atualização, não é apenas em termos científicos e técnicos, tratam-se também de detalhes como os citados acima e que farão uma diferença significativa para os que atuam, para os líderes e coordenadores , para os gestores e principalmente para os praticantes de aulas coletivas.

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