Força é a qualidade de resistência à ação de uma carga sobre determinados grupos musculares. Também pode ser considerada a capacidade do músculo de vencer uma resistência1.
Uma medida simples e confiável da força muscular voluntária máxima, amplamente utilizada como um único indicador para representar a força muscular geral, é a Força de Preensão Manual (FPM), que varia conforme a idade, sexo e raça2.
A FPM pode prever não apenas a massa muscular e a atividade física, mas também a incidência de doenças crônicas, estado nutricional, qualidade de vida, independência da vida diária, tempo de internação hospitalar e até mesmo mortalidade2.
Praticantes de esportes aquáticos precisam de força, seja para vencer a resistência da água na natação e hidroginástica ou para realizar arremessos no polo aquático, realizar saltos ornamentais, sustentar o corpo no nado artístico ou até para realizar movimentos específicos de remar, surfar, velejar e qualquer outra atividade na água, que tenha que realizar força.
Especificamente, na natação, o desempenho é influenciado pela capacidade de gerar força propulsora e minimizar a resistência ao avanço no meio líquido. Isto acontece com a melhora da técnica, do padrão biomecânico e da condição física do nadador, mas sobretudo, pela melhora da força3.
Os trabalhos de treinamento de força para praticantes de esportes aquáticos não eram bem aceitos por atletas e técnicos no passado. Acreditava-se que estes exercícios provocariam aumento da massa muscular, hipertrofia e diminuição da flexibilidade, reduzindo, dessa forma, a agilidade do indivíduo. Porém, hoje, sabe-se que a força muscular é um importante aliado em busca de um melhor desempenho esportivo, seja qual for a atividade praticada4.
Em crianças, por estarem em formação, não são aconselhados exercícios que utilizem grande sobrecarga para adquirir força. Neste grupo, a força deve ser trabalhada durante as atividades, para que cada criança atinja seu potencial1.
De fato, a força é importante, mas é necessário conhecer o nível de força muscular da pessoa, para otimizar o seu desempenho através do treinamento.
Uma das formas de medição da força é por meio da utilização do dinamômetro de mão, com a realização do ato de preensão manual. Inicialmente, mede-se a força da mão esquerda e, em seguida, a força da mão direita.
Finalmente, utiliza-se a tabela abaixo para classificação da força de preensão manual. Esse aparelho dinamômetro é equipado com sensor de medidor de tensão de alta precisão, fornece leitura digital momentânea precisa da força de preensão.
A seguir, será apresentado o teste de força isométrica máxima de punho com uso do dinamômetro eletrônico EH106 (figura 1). Os parâmetros de comparação estão separados de acordo com sexo e faixa etária.
O maior valor de uma avaliação de força do praticante de esportes aquáticos é a sua comparação com o teste posterior, feito após um tempo de treinamento, para verificar a eficácia dos meios e métodos utilizados para alcançar os objetivos das pessoas.
Tão importante quanto avaliar, é reavaliar o indivíduo. A reavaliação fornece a evolução do aluno, além de ajudar a equacionar e elaborar melhor o processo de ensino e treinamento. A avaliação e reavaliação da força devem servir como instrumento de motivação, no entanto, quando muito frequente (semanal), o aluno pode não atingir os objetivos em relação aos resultados e isso se tornar desmotivador5.
Avalie a força de preensão manual, seja para cuidar da saúde ou para acompanhar o seu desempenho. Força na água!
Referências
- Zunino AP. Conquista: solução educacional positivo- educação física. 1º ao 5º ano. Curitiba: Positivo, 2012.Corbin CBA. Multidimensional hierarchical model of physical fitness. A basis for integration and collaboration. Quest; 1991. 43(3): 296-306.
- Lee SY. Handgrip Strength: An Irreplaceable Indicator of Muscle Function. Ann Rehabil Med. 2021 Jun;45(3):167-169.
- Maglischo EW. Nadando Ainda Mais Rápido. São Paulo, Manole, 1999.
- Schneider P, Meyer F. Avaliação antropométrica e da força muscular em nadadores pré-púberes e púberes. Rev Bras Med Esporte. 2005. 11(4): 2009-13.
- Vasconcellos, Marcelo Barros. Atividades aquáticas e as avaliações: diagnóstica, formativa e somativa Revista Empresário Fitness & Health. Edição 133. Fevereiro de 2024.