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Deslize com impulso para nadar

Colunista: Marcelo Barros de Vasconcellos

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Na natação, o ato de deslizar é importante durante as fases de saída, viradas e mais evidenciado no nado de peito deslizante. Entretanto, no aprendizado da natação, os educativos de deslize em diversas posições são importantes para melhorar o aprimoramento aquático. Ensinar a dar impulso e deslizar deve ser um dos primeiros conteúdos a serem trabalhados nas aulas de natação para iniciantes.

O impulso inicial na borda da piscina e o deslizamento firmam e asseguram ao corpo a posição correta, no momento em que se inicia o nado. Dar um bom impulso com os membros inferiores e alinhar o corpo ajudam no aproveitamento da hidrodinâmica. 

Para iniciar o nado, é necessário ter equilíbrio para tirar os dois pés do chão de modo semelhante ao começar a andar de bicicleta. O impulso da borda associado ao ato de deslizar pela água com o corpo todo estendido proporciona um movimento equilibrado do corpo. O aluno iniciante na natação precisa desenvolver o equilíbrio na posição de decúbito ventral (de barriga para baixo) por meio de educativos de deslizes partindo da borda. Posteriormente, o desempenho de deslize pode ser melhorado aumentando a capacidade do corpo de minimizar a desaceleração causados pela resistência de forma e de ondas3.

O iniciante na natação precisa vivenciar vários tipos de deslize partindo da borda, tais como, com os dois braços esticados, com apenas o braço direito estendido, com somente o braço esquerdo estendido, com as mãos junto a coxa, com braços abertos com cristo redentor, na superfície da água, submerso 10 cm, submerso 20 cm, submerso 30 cm, submerso 40 cm. Essas variações ajudam o nadador a aprimorar a consciência corporal e desenvolver o equilíbrio aquático na posição deitada na água. Ademais, a profundidade usada pelo nadador, a postura e alinhamento, assim como o tamanho e forma do corpo influenciam no desempenho do deslize3. Para Ernest Maglischo, um método para reduzir o arrasto de forma consiste em permanecer na posição mais horizontal possível em relação à superfície da água.

Teste a distância que o aluno iniciante consegue deslizar na água sem utilizar propulsão de braços e pernas, a fim de monitorar o desenvolvimento da sua aquacidade5. A mudança da posição de pé (vertical) para a deitada na água de barriga para baixo (horizontal) é um dos itens testados para ver se o aluno tem uma boa adaptação ao meio líquido. Esse item da aquacidade avalia se o aluno, diante da mudança da posição do corpo, tem alguma situação que gere desorientação, desconforto na água ou se consegue manter o equilíbrio para se deslocar e começar a nadar5. De fato, o monitoramento abrangente do desempenho nos itens de aquacidade é essencial para nadadores e professores de natação otimizarem o aprendizado2.

Teste o deslize em decúbito ventral do aluno iniciante

Procedimento: o aluno deve ficar de costas para a parede, na parte rasa da piscina. Os dois pés que estavam apoiando no fundo da piscina devem ser espalmados de encontro à parede, com as pernas flexionadas para iniciar o impulso. Ao sinal do professor, o aluno abaixa a cabeça entre os braços, impulsiona o corpo na borda da piscina e desliza na superfície da água com os braços estendidos à frente (em posição de flecha) sem movimentar braços e pernas. As mãos devem estar uma sobre a outra e os pés em flexão plantar. Os alunos devem “deslizar” o corpo inteiro para frente através dos “buracos” abertos quando os braços entram e deslizam para frente pela água4. O nadador deve manter a postura horizontal aerodinâmica2. Depois é feita a anotação da distância atingida do impulso da borda até o aluno parar e ficar de pé. Distância atingida: ______

Sugestão de leitura:

  1. Vasconcellos, Marcelo Barros. Natação Monitorada. Testes desde aquacidade até o nível avançado. Rio de Janeiro: Paco, 2019
  2. Hamidi Rad M, Aminian K, Gremeaux V, Massé F, Dadashi F. Swimming Phase-Based Performance Evaluation Using a Single IMU in Main Swimming Techniques. Front Bioeng Biotechnol. 2021 Dec 7;9:793302. 
  3. Naemi R, Easson WJ, Sanders RH. Hydrodynamic glide efficiency in swimming. J Sci Med Sport. 2010 Jul;13(4):444-51.
  4. Maglischo EW. Nadando o mais rápido possível. 3º ed. São Paulo, Manole, 2010.
  5. Vasconcellos, MB. Macedo FC. Drowning prevention using content: Attitudinal, procedural and conceptual. Vol. 3 No. 6 (2021) Latin American Journal of Development, Curitiba, v. 3, n. 6, p. 3741-3754, nov./dec. 2021.

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