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O que mudou na arquitetura das academias nessas 100 edições

Colunista: Patricia Totaro

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Ao chegar ao marco de 100 edições da Revista Empresário Fitness & Health, comecei a fazer uma reflexão da evolução do mercado nesses últimos 20 anos, em termos de gestão, número de alunos e arquitetura, claro!

As primeiras academias do Brasil, muito antes de se falar em um mercado de academias, eram basicamente espaços com equipamentos de musculação e peso livre, sem nenhuma preocupação estética nem de conforto. Não havia uma indústria nacional de equipamentos de musculação e os grandes fabricantes internacionais ainda não tinham chegado ao Brasil. As academias não eram entendidas como um negócio, elas eram um grupo de pessoas, a maioria homens, apaixonados pelo fisiculturismo. Vendas, fidelização, arquitetura, gestão… simplesmente não existiam.

Depois, o público feminino começou a se interessar pelas academias e o mercado reagiu passando a se preocupar com o ambiente, especialmente com a limpeza, mas a Arquitetura ainda era totalmente funcional: montava-se o espaço com bons equipamentos, espelhos e cuidados com limpeza, mas não era necessária ambientação nessa época.

O Fitness se transforma em Wellness

E lá pelo final dos anos 90, aparece o conceito de Wellness: as academias deixam de ser um lugar para quem estava preocupado somente com a estética e aparece um público que buscava também o bem-estar.

Nesse momento, já aparece o conceito de planejar o ambiente para tornar a atividade física mais prazerosa. Consequentemente, as academias passam a receber um público com mais diversidade: mais mulheres, crianças, idosos e pessoas preocupadas com a saúde, mantendo, claro, o cliente fitness.

Nesse momento, que foi quando eu comecei a atuar nesse mercado, os espaços passaram a ser trabalhados para cada atividade, mas ainda com muita preocupação de ser operacionalmente eficientes.

O próximo passo foi a entrada de investidores de outros segmentos e as redes começaram a crescer. A academia passou a ser encarada como um negócio, mas ainda com bastante espaço para os operadores independentes. É nesse ponto, sob a influência de outros mercados, que a arquitetura passou a fazer parte da gestão. O ambiente passou a ser planejado para impressionar o cliente.

A Arquitetura passa a ser entendida como estratégia de negócio.

A partir daí, as mudanças começaram a ser cada vez mais rápidas. As redes começaram a crescer, surgiram as academias low cost.  Foi o momento de profissionalização do mercado. A experiência do cliente, algo já trabalhado no varejo, passa a ser fundamental nos projetos de academia especialmente pela diferenciação.

A experiência do cliente passa a ser valorizada e englobada na arquitetura

A evolução natural foi a segmentação das academias: clubes, tradicionais com serviço, low cost, academias de nicho, estúdios, boxes de cross training. A academia deixa de ser um ambiente que engloba tudo para buscar ser a melhor opção para um segmento de pessoas.

A Experiência agora tem que ser transformada em emoção!

Estamos agora em 2021, com a Arquitetura tendo a obrigação de impactar o cliente, valorizando o serviço que é prestado. Nosso mercado está em uma transformação muito rápida: tem um pouco de tudo, tem muito espaço para inovação, só não tem mais espaço para fazer as coisas como eram feitas antigamente!

O momento precisa cada vez mais de profissionalismo!

Fico feliz de participar dessa evolução do nosso mercado através da Arquitetura. Aliás, através da NOVA ARQUITETURA para esse novo momento que vivemos. Mas isso é assunto para o mês que vem!

Pense nisso e bom projeto!

Não deixe de assistir GRATUITAMENTE à minha palestra no 100minário Empresário Fitness em Foco, onde falo um pouco mais sobre isso! Basta clicar na imagem abaixo!

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