Ao elogiar um ambiente, a maior parte das pessoas fala que ele é “bonito”. Mas esse não é o objetivo da Arquitetura como parte da gestão!
Queremos um espaço adequado ao público-alvo, com alta capacidade de atendimento, estimulante para a prática de atividades físicas e acolhedor para os usuários. Pensando dessa forma, não existe “bonito ou feio” na Arquitetura usada de forma estratégica e sim, “certo ou errado”.
E eu tenho visto alguns erros se repetindo constantemente em vários modelos de academias pelo Brasil afora que atrapalham muito o resultado final do negócio e vou compartilhar com você:
1. Área de treino desproporcionalmente grande
Existem porcentagens de metragens ideais para cada ambiente da academia que garantem maior capacidade de atendimento. É uma proporção diferente para cada perfil de academia, mas em todas elas as áreas de treino não ultrapassam 70% da área construída total da academia.
O fato de aumentar essa área será contraproducente, pois esse espaço faltará em outros ambientes, causando problemas operacionais ou diminuindo o conforto do cliente. Com isso, a capacidade de atendimento fica menor.
2. Vestiários pouco funcionais
Os vestiários são uma área essencial de qualquer academia e um vestiário pouco funcional pode afetar negativamente a experiência do cliente e, consequentemente, a percepção de valor da academia.
Há um dimensionamento correto para números de vasos sanitários e cubas, mas a questão do número de chuveiros varia muito pelo hábito dos clientes de tomar banho na academia, a proximidade das residências e o fato de ter ou não atividades aquáticas.
Mesmo assim, nunca se deve deixar de proporcionar a opção de banho nas academias, mesmo em estúdios de treinamento personalizados pequenos em lugares aonde as pessoas voltam para casa para se arrumar.
Porém, o erro mais comum é não deixar o número proporcional de espaço para o aluno se trocar antes e depois do banho. Para cada chuveiro, devem ser previstos espaços para no mínimo três clientes se trocarem.
Outro erro que compromete muito a experiência do cliente é deixar parte do vestiário à mostra quando se abre a porta. Mesmo que seja no espaço onde não há troca, isso tira totalmente a sensação de intimidade que o vestiário deve proporcionar.
3. Estética pouco impactante
A arquitetura influencia a percepção que o cliente tem quanto ao serviço prestado.
O visitante que ainda não frequenta a academia tende a julgar o serviço pelo critério da Arquitetura atender ao seu estilo de vida e ao seu padrão de consumo. Por outro lado, o aluno já matriculado leva em conta outros aspectos como o atendimento, a limpeza e a qualidade de equipamentos, mas a Arquitetura continua sendo decisiva para que ele se mantenha motivado.
Cada grupo de pessoas tem necessidades e expectativas diferentes, por isso é fundamental escolher um público-alvo e tomar todas as decisões de ambientação e iluminação para impactar positivamente esse público. É um erro muito comum ver academias que são só “bonitas”, sem ter um tema forte que seja único e exclusivo da marca.
Faça a Gestão de sua Arquitetura
A Arquitetura de sua academia precisa ser pensada no seu dia a dia, sempre sob o ponto de vista do seu cliente. Siga essas práticas na sua academia para garantir um espaço seguro, confortável e eficiente!
Bom Projeto!!!