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Patrão, herói ou vilão?

Colunista: Celso Cunha

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Por que empreender em um país onde tudo muda o tempo todo, até o passado? Onde os geradores de emprego são taxados como exploradores, escravizadores e até mesmo os juízes trabalhistas os penalizam sem pestanejar a título de redistribuição de renda, mesmo quando estão na razão.

A palavra que melhor define o empreendedor em nosso país é “risco”. Ninguém garante que terá lucro ao final de trinta dias, nem mesmo que conseguirá fechar as contas. E mesmo arriscando-se, assumindo tantas responsabilidades na busca pelo lucro, tem que enfrentar as canetadas dos políticos e se adequar às mudanças resistindo às crises, desfazendo-se de bens adquiridos ao longo da vida para manter o sonho do próprio negócio, de ser dono do próprio tempo. Trabalha o dobro da jornada e é cobrado de forma implacável por todos: funcionários, clientes, fornecedores, governos e bancos.

Patrão não dorme

Deparei-me com um texto de Paulo Tenório, CEO da Traktor que define com primazia essa escolha, esse sujeito, esse personagem admirado e apontado por muitos como “o cara mau”. Reproduzo aqui o referido texto:

“Eu indico a todos abrirem uma empresa e experimentarem por alguns anos o que é a responsabilidade de enfrentar uma folha de pagamento, a regularização de impostos e equipe, o processo de seleção do time, o investimento em equipamentos, estrutura e conforto para o trabalho. Indico a todos que façam esse experimento. Que aprendam a calcular o valor hora de um trabalho. O valor de um salário. Que invistam incontáveis horas com contadores. Que fiquem noites sem conseguir dormir preocupados com as contas. Indico que experimentem formar pessoas, inspirar o melhor em cada um. Motivar com palavras, com respeito, honestidade com dinheiro. Invista em marketing, vista a camisa e saia pelas ruas e redes sociais para atrair clientes. Experimente também segurar a onda quando os haters e as criticas chegarem. Quando duvidarem de você e quando você mesmo duvidar. De verdade eu recomendo isso. Recomendo ficar no cheque especial para não atrasar a folha de pagamento. Experimente também olhar nos olhos de um funcionário e demiti-lo.

Chegar em casa detonado por cada plano, ideia, estratégia que não deu certo. Mas mesmo assim continuar firme e animado tentando. Faça esse teste. Vai se ver acordando as 3 horas da manhã sem razão e com o pensamento num produto, numa conversa de escritório ou num plano para evitar a falência. Faça esse favor a você mesmo. Tente ser o FDP do patrão por alguns anos. Ser visto como explorador. Faça esse teste, mas faça por acreditar que seu negócio vai muito além de dinheiro. E quando você cansar, falir, ou tiver sucesso… lembre-se de tudo que você passou. Guarde isso na alma. Você um dia vai precisar, quando a maré virar e transformar a vaidade em humildade, o ego em me desculpe, a marra em companheirismo, a malandragem em dedicação, a inveja em desejo de sucesso e as certezas em dúvidas. Faça esse experimento um dia. Abra uma empresa.”

Não inventaram maior inclusão social do que o emprego, a renda como fruto do próprio trabalho e suor. Vida longa aos empreendedores!

Bons negócios e boa sorte!

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