Publicidade

[uam_ad id=”3500″]

Planos e ações para a melhoria contínua nos serviços

Colunista: Edvaldo de Farias

Publicidade

No artigo anterior desta coluna – Quanto de Disney você tem no seu negócio? – publicado na edição 116 da nossa revista, nosso propósito foi provocar um questionamento sobre a geração de encantamento para nossos clientes quando frequentam nossos centros de bem-estar, usando como pano de fundo a qualidade diferenciada praticada nas entregas a clientes feitas nos parques temáticos do complexo Disney em Orlando nos EUA.

O artigo gerou muitas mensagens e perguntas, que esperamos ter respondido a contento aos nossos leitores, e também algumas posições polêmicas e questionamentos sobre a pertinência da associação de uma realidade de parques temáticos com nossos ambientes fitness & wellness.

Tal questionamento é relevante, pois significa que levamos nossos leitores, gestores ou não, a reflexões sobre o assunto, mas também é demonstrativo de que talvez ainda não tenhamos entendido o comportamento do consumidor de nossos negócios.

Talvez seja o momento de repensar a relação meios vs fins nos nossos negócios, ou seja, o que entregamos aos nossos clientes (entrega objetiva) e o que eles esperam de fato alcançar, obter, conquistar ao consumir nossos serviços.

Em certa medida, foi exatamente este o raciocínio desenvolvido no artigo anterior, quando questionamos “o quanto de Disney temos nos nossos centros de bem-estar”, quando exemplificamos ações e estratégias de qualificação adotadas naqueles parques, geradoras de encantamento e superação das expectativas de seus visitantes (sensação UAU, lembra-se?).

Percepção do cliente x percepção da empresa

Não há dúvidas quanto ao fato da diferença entre ser BOM e ser EXCELENTE: na perspectiva dos clientes, não está nas grandes realizações e nem nas mudanças radicais, mas sim, nas sutilezas, que são aqueles momentos em que o cliente percebe que você, ou seu negócio, é diferente de todo o resto e que sua decisão de escolha é assertiva ou, como se diz na linguagem popular, valeu super a pena!

Da mesma forma, é fato que esta “assertividade de escolha” é o resultado da perfeita sinergia entre os atributos escolhidos pelos clientes para avaliar seus serviços e os indicadores escolhidos por quem presta esses serviços para implementar ações de melhoria contínua, ou seja, não se trata de ser bom em absolutamente tudo (o que é praticamente impossível), mas sim, naquilo que é de fato relevante para que sem dispõe a pagar pelo serviço.

Em última análise, podemos afirmar que ser excelente na perspectiva dos clientes de serviços significa ser diferenciado naquilo que é relevante para ele.

Esta relação tem muito a ver com os objetivos/expectativas de quem consome em relação aos serviços, e não necessariamente com os recursos/equipamentos usados para prestá-los, os ambientes onde tudo isso acontece ou ainda com o preço cobrado por eles.

É mais do que evidente que serviços são um mix de sensações e percepções que, uma vez consumidos, levam seus consumidores a uma experiência que precisa gerar sentido, agregar valor, mudar a vida deles exatamente nos aspectos que eles utilizam para avaliar a qualidade do que lhes foi entregue, ou seja, os atributos relevantes para eles.

Planejando a melhoria contínua

Assim, como forma de contribuir nas decisões e ações que você gestor, profissional ou empreendedor no segmento do bem-estar precisa adotar para que a prosperidade seja uma característica do seu negócio, trazemos aqui algumas considerações que julgamos relevantes, deixando claro que, de modo algum, são as melhores e tão pouco as mais importantes. São apenas singelas contribuições na direção da melhoria de seu negócio.

Sendo assim, deixamos aqui como a proposta de quatro perguntas que entendemos necessárias ao seu negócio, sob o ponto de vista da qualidade dos serviços prestados aos seus clientes:

  1. Você conhece de fato os atributos considerados mais relevantes por seus clientes quando avaliam a qualidade dos serviços que você presta a eles?
  2. Sua empresa (ou você, no caso de ser um Personal Trainer, um empresário de si próprio) tem planos e estratégias para criar melhorias contínuas na qualidade dos seus serviços?
  3. Acontecem regularmente treinamentos da sua equipe (ou consigo mesmo no caso de você ser um Personal Trainer) voltados especificamente para a geração de inovações nas entregas de serviços a clientes?
  4. Você consegue identificar melhoria(s) concreta(s) que implantou na qualidade das suas entregas de serviços a clientes nos últimos 60 dias?

Assim, podemos afirmar que se você respondeu NÃO para qualquer uma das perguntas acima, então estamos diante de uma evidência: a de que há lacunas a serem preenchidas na qualidade dos serviços em seu negócio, o que certamente demonstra dissonância entre aquilo que você entrega e o que seus clientes esperam conquistar quando escolhem sua empresa (ou você) para melhorar a qualidade de suas vidas.

Além disso, este hiato mostra um importante espaço para melhorias incrementais no seu negócio, o que é gerador de prosperidade e competitividade como consequências e característica do seu negócio, evitando que seja arrastado pela “guerra de preços” que se estabeleceu neste segmento de negócio, desde quando as empresas no formato HVLP – Hight Volume Low Price, genericamente denominadas Low Cost, entraram no jogo.

Por fim, é importante que você gestor, profissional ou empreendedor, reconheça que é exatamente nestes espaços para melhorias que a concorrência pode fazer a diferença em relação ao seu negócio (ou você) na ótica dos seus clientes, ainda que isso não signifique necessariamente uma insatisfação dele em relação ao seu negócio.

Por vezes, é apenas um encantamento com “algo novo”, uma sutileza que lhe foi oferecida e que, de alguma forma, é um atributo que ele considere relevante no seu consumo, lembrando que clientes, em última análise, buscam antes de tudo satisfação, e que esperam encontrá-la nos serviços que escolhem consumir na sua empresa ou com você.

REFERÊNCIAS:

FARIAS, E. Quanto de Disney você tem no seu Negócio? Revista Empresário Fitness & Health. V.1, Ed. 116. 2022.

Leia outros artigos

O que achou desse artigo?

Publicidade

Publicidade

Publicidade

REF&H
Enviar
REF&H
Enviar