Desde sempre, os desejos superam as possibilidades: o que se quer e o que se pode. E isso vale para tudo na vida: para a saúde, para o esporte, relacionamentos, o trabalho, os bens…. e com o dinheiro não é diferente.
Seus clientes gostariam de treinar na “melhor academia do mundo” pelo menor preço, se possível de graça. Seus colaboradores gostariam de trabalhar no melhor ambiente, com as melhores condições, trabalhando poucas horas e recebendo melhor, e melhor, e melhor… E essa utopia se perpetua…
Esposas querem os melhores maridos em todos os sentidos e os maridos as melhores esposas, seja lá o que isso representa para eles nas mais variadas formas. Os empregadores querem os melhores funcionários e os funcionários os melhores empregos e assim por diante.
Na prática, seria o inverso, por exemplo: me esforçarei para ser o melhor e com isso surgirão as melhores oportunidades. Mas, ao invés disso, quase a totalidade das pessoas garimpam a vida inteira atrás de uma pepita, um diamante ou um hiato que talvez não exista, ou se existir é tão raro que se aplica à relação de um para um milhão.
Porque as empresas fecham
Quando uma pessoa se empenha para abrir o negócio próprio, concentra todo o seu foco na esperança de alcançar o patamar da excelência onde será senhor dos seus horários, com recursos financeiros para realizar seus desejos. Não imagina que, na grande maioria das vezes, trabalhará o dobro das horas e em alguns casos não receberá por isso e se conseguir, até que se torne realidade, é preciso atravessar uma seara chamada de tempo de maturação. Esse é o motivo pelo qual seis em cada dez empresas que abrem as portas encerram suas atividades ainda nos dois primeiros anos: falta preparo, conhecimento e capital.
A neurociência explica que quando se têm uma ideia, um hormônio chamado dopamina começa a ser produzido em nosso organismo e isso ocorre na expectativa do sucesso. Imagina-se o melhor com os melhores resultados sem pesar o custo desse esforço.
“Quero as melhores instalações com os melhores equipamentos e a melhor equipe de trabalho.”
Para isso, terá que investir mais e melhor.
A questão é:
Existe capital disponível para isso? Qual o orçamento?
Pois se a resposta for NÃO, entrará em um terreno inóspito chamado endividamento e isso aumentará seu custo e necessariamente terá que ser repassado para seus preços e gerará consequências. Relação de causa e efeito.
Se o modelo ideal é o que prevê receita superior às despesas e reservas de capital de giro para eventualidades com reposição imediata, se endividar a empresa o gestor estará seguindo o caminho inverso, ou seja, gastou na frente, quase sempre sem estudar a capacidade de pagamento de sua instituição, fragilizando-a e assumindo riscos que não deveria.
Diante de tantos precipícios e riscos que envolvem os negócios, ser prudente é a dica. Conheça e respeite os limites de sua empresa, controle seu fluxo de caixa e seu ego; o sucesso não é uma corrida de cem metros, é uma maratona. Planeje e execute com cautela, conheça os números reais de sua empresa, resista às retiradas desnecessárias de caixa e busque sempre o equilíbrio. Faço votos que consiga ter sucesso nessa empreitada, que conquiste e mantenha-se no patamar da lucratividade. Não é fácil, mas é possível.
O lucro deverá ser investido para que o dinheiro “trabalhe” gerando renda passiva e tempo para o que decidir fazer com ele e até ajudar a quem precisa, se essa for a sua escolha. Sua recompensa será uma vida com menos preocupações e a sensação de ter realizado seu sonho.
Bons negócios e boa sorte!
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