Muita coisa, pode ter certeza disso! O problema é que todo mês surge uma atualização nas redes sociais, seja no algoritmo ou uma nova ferramenta. Além de ter que decidir entre Reels, Feed, Stories e IGTV, investimos um tempo valiosíssimo para adaptar o conteúdo em cada um desses formatos, acreditando que possam aumentar o alcance. E tem mais: o horário que vai ser publicado também influencia, ou seja, os usuários estão cada vez mais dependentes desses canais.
Sabe o que é o pior nisso tudo?
Todo esse esforço empregado apenas nos deixa “em dia” com as regras, como também fazem os demais concorrentes.
Já reparou como as táticas utilizadas nas redes sociais pela maioria das academias são bem semelhantes?
Cada vez mais é importante criar um orçamento para mídia, se desejarmos fugir do “mais do mesmo”, mas este é um assunto para outra oportunidade, embora você deva começar a refletir o quanto antes sobre isso.
A tática nas redes sociais
Se você tem um bom conteúdo (estratégico), planejado de acordo com a personalidade da marca, excelente, mas não confunda conteúdo estratégico com tática. Se em seu calendário editorial você valoriza mais se o conteúdo será em Reels, IGTV, Feed ou Stories, você está investindo seu tempo na tática. Você está mais preocupado em como falar aos seus seguidores do que “o que” falar.
Em uma conversa, o tom de voz e a forma que a gente fala dizem muito mais sobre nossas intenções do que o que está sendo realmente falado. Entretanto, no ambiente digital, onde a maioria dos usuários seguem as mesmas regras, o “o que” falar pode ser mais relevante do que o “como” falar.
O “o que” faz parte da estratégia quando falamos de conteúdo em ambiente digital. Se você investir mais tempo na estratégia e delegar a parte tática para uma agência de marketing, suas chances de sucesso serão maiores, pode apostar.
Como fazem as grandes marcas
As grandes marcas investem em estratégia de longo prazo, em como desejam que elas sejam percebidas no mercado ao longo do tempo. Dentro desse plano de longo prazo, encaixam ações que aumentam as vendas ao mesmo tempo que agregam valor ao seu maior ativo, a marca.
Pense em marcas como Coca-Cola, Johnson & Johnson, Red Bull e outras que são empresas que sempre valorizaram a criação de conteúdo estratégico. Elas utilizam quase todos os canais, embora invistam mais tempo naqueles em que seus públicos são mais presentes. Elas também publicam em diversos formatos, mas tratam essa ação apenas como uma derivação de conteúdo e não como o ponto chave.
O que estou querendo dizer e insisto é: marcas poderosas investem tempo em estratégia e depois pensam em tática.
Você pode estar pensando:
“Sou dono de uma pequena academia, não de uma marca global!”
Sei disso, mas você tem uma marca e precisa gerar valor para seu maior ativo.
Nem as grandes redes de academias são excelentes em estratégia de conteúdo digital quando comparadas a outros ramos, porém, são agressivas em mídia paga para aumentar as vendas em promoções pontuais.
O meio termo entre conteúdo estratégico e promoções pontuais seria o ideal para o mercado.
E como fica o cliente no meio dessa bagunça?
Se as academias investem mais tempo em formato de conteúdo do que na tradução real da personalidade da marca, podemos estar vivendo uma ECC (Epidemia de Conteúdos Commodities).
Dificilmente conseguiremos gerar algum tipo de expectativa no potencial cliente que tem contato com a marca nos canais digitais se não tomarmos providências.
Já vi muita academia com presença digital pobre, mas com grande aceitação e índice de satisfação de clientes que frequentam o espaço. Não tenha dúvidas, isso vale muito mais do que um feed impecável, mas com o “cara a cara” a desejar.
O que pode estar acontecendo em seu negócio?
- Você pode estar investindo mais tempo tomando conta de profissionais que não têm processos bem definidos para seguir e nem foram treinados para isso.
- Você passa boa parte do tempo revisando trabalho do coordenador que não foi bem treinado para a função.
- A agência de marketing digital que você contratou publica muita coisa legal, com design atual e chamativo, mas não diferencia sua marca pela essência, apenas pela estética da arte gráfica.
- Os canais digitais da academia são utilizados para informar o que está na moda, assim como os canais dos concorrentes (Epidemia de Conteúdos Commodities).
- Sua equipe insiste em proclamar que exercício físico faz parte da área da saúde, mas não aproximam o exercício físico dos portadores de comorbidades, apenas da estética.
Sei que não peguei leve. Se você lê meus artigos aqui na REF&H, sabe que este é meu estilo. Minha missão aqui é fazer você refletir sobre tudo aquilo que influencia a experiência do cliente dentro do seu negócio.
O que influencia a experiência do cliente nos negócios fitness
- Uma missão empresarial bem definida e disseminada entre colaboradores e clientes.
- Profissionais treinados (periodicamente) de acordo com a missão da empresa, missão essa ligada ao posicionamento de mercado desejado.
- Plano de marketing com estratégia clara para gerar valor e avaliar se ações de curto prazo estão dando resultados.
- Monitoramento da satisfação do cliente e da percepção sobre a marca.
- Criação de conteúdos on-line e off-line para traduzir a real personalidade da marca, diferenciando seu negócio dos demais.
- Monitoramento da reputação da academia nos diversos canais.
- Interação com clientes e potenciais clientes nos diversos canais disponibilizados pela empresa.
- Opiniões da marca sobre o que acontece no país e no mundo quando o assunto é saúde e qualidade de vida.
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Esta lista poderia ser bem maior, não tenha dúvidas!
O maior pecado cometido por gestores de academias é acreditar que a experiência do cliente se limita a entrar na academia, treinar, interagir com profissionais, interagir com colegas e ir para casa ou trabalho.
A experiência do cliente pode ser planejada pela marca, sendo o conteúdo digital o verdadeiro “porta voz” da sua empresa para aqueles que não experimentaram as instalações e também para os que comprovam que o que é publicado acontece na prática
Perdoe-me se o título do artigo não abrange tudo que escrevi aqui, mas experiência do cliente vai muito além de estarmos familiarizados com algoritmos e novas ferramentas de redes sociais!