No último trimestre de cada ano, o American College of Sports Medicine (ACSM), publica a lista com as 20 principais tendências do fitness para o próximo ano. Na lista publicada no final de 2012, referente ao ano de 2013, surge pela primeira vez o treinamento com peso do corpo.
Evolução das tendências
No ano de 2012, nos EUA, surge um programa de treinamento que usa apenas o peso do corpo e que virou moda, conhecido como Insanity Training, o que pode ter influenciado direta ou indiretamente. Já na lista publicada no final de 2013, referente ao ano de 2014, surge em primeiro lugar o High Intensity Interval Training (HIIT).
Tanto o HIIT como o treinamento com peso do corpo se mantêm entre as top 5 da lista de tendências até o ano de 2019. Na lista referente ao ano de 2020, o treinamento com peso do corpo vai para a sétima colocação, mas volta ao top 5 na lista referente ao ano de 2021, em função do isolamento social provocado pela pandemia.
O que a lista de tendências não nos mostra é que as tendências que mais se repetem ao longo dos anos se repetem em função de atuarem em conjunto como é o caso das aulas de HIIT que usam apenas o peso do corpo e por esse simples motivo, conseguimos observar que durante mais de 5 anos elas se mantiveram na lista entre as top 5.
A ciência do HIIT
As aulas coletivas de HIIT com o peso do corpo se tornaram o grande fenômeno dos últimos anos no mundo fitness, muito em função de sua praticidade operacional e pelo seu apelo com foco no emagrecimento que chamou a atenção daqueles que buscam um treino rápido, eficiente e seguro.
Em 2012, McRae e seus colaboradores aplicaram uma proposta de HIIT com peso do corpo, usando estímulos de 20 segundos seguidos de 10 segundos de recuperação, numa sessão com duração total de 4 minutos durante 4 semanas e observaram repostas positivas na melhora do condicionamento físico e resistências a fadiga.
Já em 2019, um grupo de brasileiros (Machado e colaboradores) observaram o custo energético (CE) de uma sessão de 20 minutos de HIIT Body Work, com estímulos de 30 segundos seguidos de recuperação passiva de 30 segundos. O CE médio da sessão observada pelos pesquisadores foi de 250 Kcal por sessão.
O CE da sessão de HIIT Body Work pode ser modulado em função da seleção e distribuição dos exercícios para a mesma carga de tempo (tempo de estímulo e tempo de recuperação), como também pode ser modulado somente a carga tempo da sessão de treino.
Tais modificações podem ser realizadas em função do HIIT Body Work ter mais de 10 publicações que sustentam a proposta de aula que se encaixa muito bem em qualquer academia por sua praticidade e baixo custo operacional.
Hoje, o treinamento com o peso do corpo é uma realidade que podemos – ou melhor, devemos – aproveitar em nosso negócio, mas isso é você que decide!
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