E de repente fomos pegos por uma mudança de cenário global e um turbilhão de informações desencontradas, cuja única garantia era a de que teríamos problemas pela frente. A crise estava instaurada.
Às vezes as coisas vão bem e outras vezes nem tanto; dessa vez, a proporção dos fatos levou ao encerramento das atividades de 1/3 das empresas do país e quatro milhões de pessoas dispensadas elevando a taxa de desemprego acima de 13%. O governo agiu liberando auxílio emergencial para os menos favorecidos que somados ultrapassaram os R$300 bilhões o que manteve parte dos gastos dessas famílias e a economia girando.
O “fica em casa” gerou desabastecimento de insumos e alta nos preços trazendo à pauta a inflação. O segmento fitness, muito afetado, permaneceu fechado por três meses e tivemos que reinventar o negócio com todas as restrições impostas pelas medidas de distanciamento e a sanitização. Dispensa de pessoal, elevação de custos e queda brusca de receita, até os grandes se curvaram. Poucos conseguiram o socorro do governo (PRONAMPE) para as micro e pequenas empresas. O que fazer quando as contas não fecham?
Muitos optaram por encerrar os negócios colocando um “fim” na empreitada do sonho de ser empreendedor; até que aos poucos fomos reabrindo os negócios e a nosso favor a demanda reprimida também chamada de “o tempo da saudade” trazendo de volta parte dos clientes.
É ruim treinar de máscara, sem ar-condicionado e tome álcool em gel… o ser humano se adapta a tudo. De início, só os teimosos, por volta de 30%; aos poucos,a de 5% em 5% fomos ganhando fôlego e a maior barreira se ateve aos mais idosos. Setembro bom, outubro melhor, o crescimento da economia em V foi de 7,7%, e em novembro, três feriados, eleições… operamos acima da linha d’água, sobre a curva de custos, já dá para respirar. 13º proporcional, férias já tiraram… O pior já passou.
Mas e agora? Agora corrigir os erros. Tão importante quanto saber o que fazer é saber o que não fazer. Desperdício, seja ele qual for, será vigiado e vedado.
Normal que nesse momento existam dívidas oriundas desse período. Equacioná-las e parcelá-las dentro das possibilidades reais da empresa é a solução. A primeira ação para sair do buraco é parar de cavar.
Os Dez Mandamentos da Recuperação Financeira
- Fazer do necessário o suficiente.
- Relatórios mensais Receita x Custos e Despesas.
- Treinamento de vendas.
- Campanhas de retorno e CRM.
- Repor o Capital de Giro.
- Só antecipar os créditos em último caso.
- Ganhar antes de gastar.
- Gastar menos do que ganhou.
- Provisionar férias e 13º mês a mês.
- TER UMA SEGUNDA FONTE DE RENDA.
Acreditando que logo haverá vacinas para todos, retornando mais e mais clientes e com a certeza de que essa experiência que nos marcou a ferro deixou um aprendizado que jamais será esquecido. Somos sobreviventes. Vida que segue…
Saúde, bons negócios e boa sorte!