Já diz o ditado: “ano novo, vida nova”!
Mas será que isto vale para as organizações, no que diz respeito às lideranças?
Como já foi publicado em artigos anteriores, vivemos hoje em um cenário de constantes e velozes mudanças, seja na vida pessoal ou na corporativa; também já foi mencionado que a pandemia de 2020/2021, acelerou todo este processo de mudanças. Desta forma, alguns vieses da liderança perderam importância e outros ganharam importância.
O que está “cancelado”
- Liderança autoritária: a famosa comparação “chefe x líder” já não tem mais espaço, pois dentro de um conceito ultrapassado, o chefe era (ou ainda é, em alguns lugares) aquele que usava de sua posição hierárquica para conseguir alguma produção de seu funcionário. O autoritarismo perdeu adeptos para um modelo de gestão mais colaborativo e participativo.
- Foco total nos resultados: não estamos negando a importância dos resultados, porém, a obtenção deles a qualquer custo também é coisa do passado; mais do que nunca, ganha vez a preocupação com o bem-estar e o desenvolvimento pessoal e profissional daqueles que compõem o time.
- Resistência às mudanças: cada vez mais a capacidade de adaptação é colocada em prática. Aqueles que insistem em modelos de liderança do passado, não conseguirão se estabelecer no futuro.
Segundo Charles Darwin, “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”; sendo assim, vamos entender o que vem ganhando relevância:
- Atendimento humanizado: algumas soft skills serão imprescindíveis para que tenhamos um atendimento mais humanizado aos liderados; empatia, inteligência emocional, habilidade de comunicação e a capacidade de mediar conflitos, serão cada mais valorizados.
- Foco do cliente: muito se fala em foco NO cliente, mas a mudança para o foco DO cliente necessitará que se desenvolva uma metodologia do “entender para atender”; isto significa dizer que a escuta ativa será uma importante ferramenta neste novo cenário. Quanto mais praticar a escuta, mais se tornará capaz de atender seu cliente interno.
- Diversidade e inclusão: simplesmente incorporar em seu time pessoas, independentes de credo, orientação sexual, raça ou outros fatores, não significa inclusão. Gerir condições materiais e promover ambientes com comportamentos adequados de todos do time, são ações que desenvolvem sentimento de pertencimento e, consequentemente, engajamento.
- Experiência do colaborador: as organizações, através de seus líderes, devem investir em programas e ambientes de trabalho que otimizem a experiência do colaborador; é necessário desenvolver uma cultura que promova um novo olhar do funcionário, no que diz respeito ao local de trabalho. Ele (o funcionário), precisa querer estar ali.
- Aprendizado contínuo: as constantes mudanças de cenários e a necessidade de adaptação a estes, impõem aos líderes um comportamento de aprendiz. Todo líder deve ter ao lado da sua lista de coisas a fazer, uma lista de coisas a aprender.
Em meio a tantos canais de comunicação e fontes de pesquisa, não são mais aceitos “achismos” nas tomadas de decisão. O líder que for capaz de gerenciar suas próprias emoções e criar conexões com seus colaboradores, estará no caminho certo para ter um ano memorável.
Para refletir...
“Você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar aonde quer.” (Confúcio)
Boa sorte e até breve!