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Sua academia pode estar mandando seu visitante embora

Colunista: Roberto Salomão

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Já parou para pensar que o ambiente de uma academia pode ser extremamente agressivo para algumas pessoas? Principalmente para aquelas que estão nos visitando pela primeira vez e que ainda não têm o hábito de treinar?

Pensa comigo: uma pessoa que vem nos visitar pela primeira vez ou que está fazendo uma aula experimental, certamente vai se deparar com outras pessoas que estão em melhor forma, inclusive com alguns corpos esculturais. Vai encontrar pessoas que estão usando roupas da moda e que já estão enturmadas em suas tribos. Vai perceber que todos em sua volta já sabem onde fica cada equipamento, que já sabem exatamente como manuseá-los e que, acima de tudo, pegam muito peso.

Tudo isso pode soar como um “tapa na cara” do visitante, despertando alguns sentimentos desagradáveis: não será muito difícil de ele perceber que realmente está fora de forma e que está bem longe de ter um corpo escultural; certamente não deve conhecer ninguém, não sabe onde ficam os equipamentos, tampouco como manuseá-los e, além disso tudo, percebe que pega pouco peso.

E o resultado dessa “experiência”, que acontece apenas na primeira visita na nossa academia, é que o nosso convidado se sente inferior aos demais usuários, sente-se excluído das panelinhas, sente-se feio, perdido, sozinho, inexperiente, fraco… enfim, ele se sente mal.

E diante de tantos desafios que a vida já lhe oferece, ele não precisa de mais um. Ele buscou nossa academia para resolver algum incômodo e, por mais paradoxal que possa parecer, mesmo que sem intenção, acabamos despertando ainda mais incômodos nele. Em um curto espaço de tempo, ele sente um “basta!” e conclui que é melhor seguir para o conforto de sua casa e não voltar nunca mais.

É por isso que eu digo que o nosso time de recepção, de vendas ou de atendimento, responsável pelo primeiro contato com nossos visitantes, tem uma grande missão: a de acolher. E o acolhimento, que é algo tão poderoso, pode ser passado de uma maneira muito simples. Contudo, muitas vezes é negligenciado por um colaborador triste, desengajado ou desatento.

Dizer “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite” é o mínimo que se espera. Desejar as boas-vindas, com um sorriso genuíno no rosto, transmitindo uma boa energia, é crucial. Afinal de contas, somos uma academia, cheia de vigor. Não somos um banco entediante e formal, nem um hospital cheio de doentes.

Chamar o cliente pelo nome, sem julgamentos com relação à aparência, roupas, raça ou gênero pode ser desafiador em nossa sociedade cheia de “pré-conceitos”, mas também é muito poderoso.

Por fim, a academia que consegue estimular e propagar o interesse genuíno em ajudar o cliente entendeu tudo sobre esse texto. Nosso negócio tem a ver com gente. Gente com gente. Nossos colaboradores com nossos clientes. E o segredo está nos pequenos detalhes dessa interação, de como recebemos, tratamos e conduzimos o atendimento dos nossos visitantes. Isso será determinante para eles se sentirem acolhidos, querendo voltar mais vezes, ou se sentirem expelidos, não querendo voltar nunca mais na nossa academia.

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