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As competências do profissional de Educação Física – parte 4

Colunista: Mauro Guiselini

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“Apesar do grande avanço tecnológico, o “ser humano” ainda é importante para o sucesso dos negócios que dependem do atendimento com acolhimento.” (Guiselini, 2023)

Vamos seguir com o conhecimento dos componentes da sigla CHAMA. Se você está acessando este artigo e não leu os três artigos anteriores que escrevi sobre os três primeiros pilares (C= Conhecimentos, H=Habilidades e A=Atitudes), recomendo acessá-los para ter maior compreensão do tema em questão.  Neste artigo, vou comentar sobre o quarto pilar: M=Motivação.

O que é motivação: uma breve revisão

A palavra motivação provém dos termos latins motus (“movido”) e motio (“movimento”). Para a psicologia e a filosofia, a motivação são aquelas coisas que incentivam uma pessoa a realizar determinadas ações e a persistir nelas até alcançar os seus objetivos. O conceito também se encontra associado à vontade e ao interesse. Por outras palavras, a motivação é a vontade para fazer um esforço e alcançar determinadas metas.

Motivação é uma força interna, que se encontra dentro de cada um, nasce das suas necessidade e desejos. Pode ser definida como aquilo que é capaz de mover o indivíduo. É o que faz o individuo agir para atingir algo que ele considera uma meta/objetivo.

Fica, aqui, uma questão interessante: se é uma força interna que se encontra dentro de cada um, indivíduos diferentes têm, portanto, potencial de desenvolvimento maior do que outros, da mesma forma que a capacidade “força muscular” depende do treino e de fatores genéticos. Nesse sentido, não podemos nos esquecer dos aspectos psicológicos do treinamento, onde a determinação, vontade e motivação vão determinar o maior ou menor grau de desenvolvimento da força. A motivação é um processo de satisfação de necessidades e desejos. Como o próprio termo sugere – motiv (motivo) ação  (agir) –  são  motivos que levam a pessoa a fazer algo, a tomar certas atitudes e essa ação pode ser motivada por forças internas, ou externas.

Segundo Berganini (2008), a motivação pode e deve ser considerada como uma força propulsora que tem suas fontes frequentemente escondidas dentro de cada um, e que a satisfação ou insatisfação que podem oferecer fazem parte integrante de sentimentos de prazer ou desprazer diretamente acessíveis somente a quem experimenta. “Motivação refere-se às forças dentro de cada pessoa que a conduzem a um determinado comportamento”, de acordo com Chiavenato (2006).

A palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que significa mover. Em seu sentido original, a palavra indica o processo pelo qual o comportamento humano é incentivado ou estimulado por algum tipo de motivo ou razão. Motivo, motor e emoção são palavras que têm a mesma raiz”, de acordo com Maximiano (1997).

Segundo o Dicionário Aurélio, motivação pode ser definida como o ato ou efeito de motivar, exposição de motivos ou causas, conjunto de fatores que agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo. Motivação refere-se ao impulso, necessidade ou desejo, que faz com que as pessoas ajam para atingir seus objetivos, envolve fenômenos emocionais, biológicos, sociais e organizacionais e é uma condição responsável por iniciar, direcionar e manter comportamentos direcionados ao cumprimento de objetivos.

Motivação é o que faz com que os indivíduos deem o melhor de si, façam o possível para conquistar o que almejam. É um assunto estudado pela psicologia, para saber o que faz com que as pessoas se comportem da maneira que se comportam.

A motivação pode surgir através de uma força interior, ou seja, cada pessoa tem a capacidade de se motivar ou desmotivar, também chamada de automotivação, denominada motivação intrínseca. Há também a motivação extrínseca, que é aquela gerada pelo ambiente que a pessoa vive. Para Gooch e McDowell o conceito de motivação é uma força que se encontra no interior de cada pessoa e que pode estar ligada a um desejo. Uma pessoa não consegue jamais motivar alguém, o que ela pode fazer é estimular a outra pessoa.

Tipos de motivação

O que motiva um profissional de Educação Física, após muitos anos de trabalho, continuar dando o melhor de sí, com uma força interior, seguir em frente, estudando, se atualizando, colocando novas metas/objetivos? A resposta é muito simples, ele continua motivado, aquela força interior continua latente, fazendo com que continue na sua jornada. De acordo com especialistas, a motivação é dividida em dois tipos:

  1. Motivação intrínseca: é aquela relacionada à força interior do indivíduo;
  2. Motivação extrínseca: é aquela estimulada por fatores externo ao indivíduo.

Na minha experiência prática, acredito que continuar motivado, após muitos anos de trabalho, mesmo aposentado, com propósito, é o resultado da integração dos dois tipos de motivação, conforme citado acima. Veja, na figura abaixo, uma forma resumida delas:

Figura 1. Tipos de motivação

Por que continuo motivado?

O quarto pilar da sigla CHAMA (M= Motivação) pode ser entendido como a força interior que mobiliza a energia pessoal, que dá um sentido maior para a concretização dos propósitos que o profissional de Educação Física deve ter para alcançar o tão desejado sucesso. Sem dúvida, é muito difícil manter-se motivado por um período muito longo – para muitos, a realização profissional acaba quando se obtém a remuneração desejada ou mesmo o reconhecimento social e a motivação deixa de existir. Por que continuar, se já alcancei tudo o que desejava?

Posso dizer para vocês, jovens profissionais, que após 57 anos de trabalho, contínuo motivado – os fatores intrínsecos e extrínsecos continuam latentes na minha mente e no meu espírito. Continuo sedento de aprender as novas tecnologias, inovações, o reconhecimento financeiro e social pelo meu trabalho, os elogios que recebo, o desafio de estar atualizado, os resultados dos meus alunos clientes e, principalmente, as manifestações de gratidão que recebo de todos aqueles que ajudo na sua formação pessoal e profissional são, sem dúvida, os MOTIVOS PARA SEGUIR MOTIVADO NOS PRÓXIMOS MUITOS ANOS.

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