Neste artigo, gostaria de propor uma reflexão sobre alguns conceitos da autoliderança e sua importância, ao aceitar a missão de liderar um time de colaboradores.
Vamos imaginar que você recebeu um convite para assumir uma função que o coloque em uma posição de liderança de uma equipe de trabalho. Até aí tudo bem, pois você sempre foi um ótimo profissional e entregou suas demandas com muita excelência; mas isto é o suficiente para estar à frente de um time? Talvez, a primeira questão a ser respondida seja:
Por onde eu começo???
Ora, não faltam cursos, seminários e palestras que tratam muito bem do assunto; porém, me permitam a ousadia de querer propor aqui nesta coluna, uma sugestão de rota a ser trilhada para que você tenha sucesso em sua caminhada: que tal começar sendo líder de si mesmo?
O conceito de autoliderança
A autoliderança é em primeiro lugar, a habilidade de liderar-se e, se é uma habilidade, pode ser desenvolvida ao longo do tempo com treinamento constante, o que a tornará um hábito.
Empresas que buscam inovação, que é uma das palavras de ordem atualmente, buscam no mercado, profissionais que são capazes de gerir a própria carreira, pois além de mostrarem organização e planejamento, tornam-se exemplos aos seus pares.
Na medida em que o profissional desenvolve a habilidade de se liderar, assume o controle e a responsabilidade de sua trajetória profissional, buscando motivação para atingir metas e/ou objetivos e o desenvolvimento das competências necessárias para a entrega de suas demandas; desta forma, otimizam seu autoconhecimento, foco e resiliência.
Como desenvolver a autoliderança
Para conseguir avançar nesse processo, é fundamental que o profissional realize uma reflexão sobre seus pontos fortes e fracos, suas fraquezas e potencialidades; ou seja, a autoliderança está diretamente ligada ao autoconhecimento.
Os 4 pilares da autoliderança
Quero aproveitar este artigo para compartilhar um conhecimento e sugerir a reflexão sobre o que chamo de “os 4 pilares da autoliderança”: intencionalidade, planejamento, reflexão e ação.
1. Intencionalidade
Quando trago a palavra intencionalidade, é no sentido de enfatizar que tudo o que é feito precisa ser com uma intenção bem definida. É necessário que possamos responder as seguintes perguntas: “por quê?” e “para quê?”. A intencionalidade está diretamente ligada ao propósito… e o propósito engaja!
2. Planejamento
A importância do planejamento reside em evitar que as ações sejam feitas no improviso; é importante ter um “plano B” até mesmo porque, todo planejamento – mesmo que bem formatado – é flexível. Uma pessoa que demonstra ser planejada em suas ações, sempre é observada pela equipe. E o exemplo motiva!
3. Reflexão
A reflexão nos conduz à avaliação, mas, avaliar o quê? Simples! Tudo que faz parte do processo de transformação do comportamento, afinal, liderança também é mudança de atitude!
Detecção dos acertos e dos erros (principalmente estes) e uma constante reavaliação de todo o caminhar são de suma importância para que tenhamos correção da rota.
Neste momento, é desejável que pensemos nas “trocas”, ou seja, o que preciso fazer/trocar, ou ainda, se estou disposto a trocar, para desempenhar minha missão de líder (ainda que seja de mim mesmo). Em outras palavras, como diz o ditado: “tudo tem seu ônus e bônus”.
Assumir um cargo às vezes nos demanda um tempo maior de permanência no trabalho, o que nos afasta da família e dos amigos. Estou disposto a fazer esta troca? Este é um exemplo onde entra a reflexão/avaliação.
4. Ação
Nenhum dos pilares anteriores caminha sem ação. A ação motiva e engaja pelo exemplo, pois uma das características de um bom líder é a coerência entre a fala e a atitude; a famosa máxima “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço” não cabe a quem se propõe a estar numa posição de liderança, seja de um time de trabalho ou de si próprio.
Analisando os conceitos supracitados, arrisco-me a afirmar que a liderança não é algo apenas para uns ou outros que “nasceram com o dom”; ela pode, sim, ser desenvolvida através de treinamentos e consequentemente aprimorada.
Meu propósito neste artigo, é contribuir para a reflexão dos leitores sobre um possível caminho a ser percorrido para o alcance do sucesso profissional. Quando a autoliderança se tornar um hábito em nossa vida, o sucesso à frente de um time passa a ser consequência.
Terminando: lembre-se que a carreira profissional é sua, não a delegue a terceiros o rumo dela!
E não deixe de assistir abaixo a live que eu fiz com o Leonardo Allevato, editor da REF&H!